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Pajelança com 50 pataxós para receber a tocha

O Globo
Autor: Luiz Ernesto Magalhães
04 de Jun de 2007

Um pajelança com 50 índios pataxós está sendo organizada em Porto Seguro (BA) para receber, amanhã, a chama PanAmericana em terras brasileiras. O ritual, que terá índios de três tribos da Bahia pintados como se fossem para uma guerra, será comandando pelo cacique Tururi, um antigo e respeitado líder da aldeia indígena da Barra Velha, de Monte Pascoal.

A chama será acesa hoje às 15h (horário de Brasília) nas pirâmides de Chichen-Itzá, no México, num evento com a presença de várias autoridades, entre as quais o ministro do Esporte, Orlando Silva; a ministra do Turismo, Marta Suplicy, e o prefeito do Rio de Janeiro, Cesar Maia. - O ritual é uma tradição que fazemos para abençoar os guerreiros antes de partirem para uma guerra ou qualquer outra luta. A crença é que ele afasta o mau-olhado e fecha o corpo contra os inimigos.

O incenso é feito com folhas de plantas misturadas com resina - conta Saracury Pataxó, que participará
da cerimônia. Ex-atleta de 77 anos abrirá o revezamento da tocha A partir de amanhã, a tocha percorrerá 52 cidades e localidades do Brasil (incluindo todas as capitais) até ser acesa na pira do Maracanã, no dia 13 de julho, durante a cerimônia de abertura do Pan.

A estimativa é que 15 mil pessoas conduzam a tocha por todo o país, entre atletas, personalidades e convidados da empresa patrocinadora do evento. Cada pessoa correrá 400 metros com a chama do Pan. A primeira tocha será acesa em Santa Cruz Cabrália (BA), vizinha a Porto Seguro, e será conduzida pelo exatleta Wilson Gomes Carneiro, de 77 anos,
primeiro medalhista brasileiro em Jogos Pan-Americanos. O ex-jogador de vôlei Giovane Gavio será o segundo.

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