OESP, Vida, p. A16
23 de Mai de 2006
País trabalhará pela 'extinção zero'
Para evitar problemas desse tipo, durante dois anos um grupo interministerial se dedicou a formar uma lista com nomes que agora serão apresentados a escritórios internacionais de registro - equivalentes ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual existente no Brasil - e organismos internacionais, como a Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI).
A lista tem 3 mil nomes, dentre os quais capim, louro, erva pimenteira e açaí. O grupo vai continuar se reunindo para incluir mais nomes.
Para marcar o Dia da Biodiversidade, celebrado ontem, o Ministério do Meio Ambiente anunciou algumas novidades. A ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, apresentou a criação da Aliança Brasileira para Extinção Zero, formada pela parceria com a Fundação Biodiversitas, ONGs, instituições governamentais e institutos de pesquisa para criação de uma estratégia de preservação das espécies. "Estudos mundiais mostram que o ritmo de extinção de espécies em alguns casos é de 100% a 1.000% maior do que o que seria registrado naturalmente", afirmou o secretário de Biodiversidade e Florestas, João Paulo Capobianco. Hoje no Brasil existem 627 espécies de fauna e flora em extinção.
O governo também anunciou o ingresso do País numa estratégia mundial para combater espécies invasoras. A participação começou no ano passado, quando um grupo iniciou o levantamento de quantas espécies exóticas saíram do controle no Brasil e hoje ameaçam fauna e flora locais. As conclusões foram alarmantes. O País hoje tem 543 espécies "importadas" que ameaçam a economia, o ambiente e a saúde humana. Entre elas há 176 organismos terrestre, 66 marinhos e 49 de águas continentais. O mexilhão dourado, por exemplo, chegou ao Brasil em água de lastro, usada para dar estabilidade aos navios.
OESP, 23/05/2006, Vida, p. A16
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