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País Basco ajuda índios da Capital

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
13 de Ago de 2005

Parceria firmada com a prefeitura propicia casas, escola bilíngüe, posto de saúde e infra-estrutura

Fórum Internacional dos Povos Indígenas em realização na PUCRS

A situação dos índios em Porto Alegre foi um dos temas abordados ontem no Fórum Internacional dos Povos Indígenas, que ocorre na PUCRS até amanhã. O secretário municipal de Direitos Humanos, Kevin Krieger, apresentou as ações da prefeitura voltadas a essas comunidades. A principal é o Espaço de Sustentabilidade Caingangue, fruto de parceria entre o município e o governo do País Basco. O convênio prevê o investimento de cerca de R$ 1 milhão para apoiar os índios que vivem em uma área de 5,8 hectares na Lomba do Pinheiro, conquistada no Orçamento Participativo. O trabalho é intermediado pela organização não-governamental Paz y Solidaridad.

O local, que já abriga um Centro Cultural, busca melhorar a qualidade de vida dos indígenas e incentivar ações que valorizem sua cultura. Está em andamento a construção de casas, uma escola bilíngüe e posto de saúde, além da estrutura viária interna e saneamento ambiental. O espaço terá também oficinas de formação de direitos humanos e geração de trabalho e renda.

Krieger destacou que a intenção é fazer um trabalho semelhante em um terreno localizado no Canta Galo, em parceria com o governo do Estado. A prefeitura está oferecendo a área para os caingangues que ocupam o Morro do Osso desde abril do ano passado e que esperam decisão da Justiça sobre sua permanência naquela área. 'Nas proximidades do novo local, eles contarão com toda a estrutura necessária, como escolas, saneamento e eletricidade', afirmou o secretário.

As ações são consideradas emergenciais e antecedem a definição de uma política municipal voltada aos índios. 'A questão indígena tem evoluído bem no município. No Estado, já há uma política bem definida', avaliou Krieger. De acordo com ele, a prioridade está voltada à manutenção da cultura e dos costumes das comunidades. O secretário de Direitos Humanos ressaltou que a educação e a capacitação dos indígenas servirão de base para a proposta, que levará em consideração as mudanças das últimas décadas, entre elas a migração indígena da área rural para a urbana.

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