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Os caciques Cinta Larga se reúnem amanhã em Cocal

Estadão do Norte-Porto Velho-RO
27 de Mar de 2003

Os caciques Cinta Larga se reúnem amanhã, em Cacoal, com lideranças dos índios Suruí, Gavião, Arara, Nhambiquara, Ktãlo e dirigentes da Coordenação da União das Nações e Povos Indígenas de Rondônia, Noroeste do Mato Grosso e Sul do Amazonas (Cunpir) para nova rodada de discussões sobre o futuro da Terra Indígena Roosevelt, a 80 quilômetros de Espigão D'Oeste, e alvo de constantes invasões por madeireiros e garimpeiros.
MANIFESTAÇÃO
O líder Antenor Karitiana admite que as entidades não-governamentais estão mudando de opinião e várias são favoráveis à exploração ordenada de minerais em áreas indígenas, embora o Estatuto do Índio, em tramitação no Congresso, somente deva ser votado a partir de abril. No próximo dia 19, Dia do Índio, as lideranças participam em Brasília de uma grande mobilização em defesa da aprovação do projeto de lei e do substitutivo do senador de Roraima, Romero Jucá, que prevê o aproveitamento dos bens do subsolo em áreas indígenas.
POTENCIAL
Estudos elaborados pelo DNPM classificam Rondônia como o quinto no ranking nacional de possibilidades de incidência mineral. O setor gera cerca de 2000 empregos diretos somente num trecho de 130 quilômetros no Baixo Madeira, onde cerca de 500 equipamentos atuam na extração de ouro, e ainda pode se transformar em grande aliado do programa fome zero, do governo Lula, com a liberação para pequenas balsas atuarem na encosta de praias no período do verão amazônico. Em cada equipamento trabalham de três a quatro pessoas. O chefe do escritório regional, Airton Oliveira, considera a atividade mineral como uma das principais alternativas para acabar reduzir os focos de tensão social gerados com o desemprego.

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