ICMBio - www.icmbio.gov.br
24 de Nov de 2008
Cinqüenta metros cúbicos de ipê retirados ilegalmente da Floresta Nacional (Flona) do Trairão, no oeste do Pará, foram destruídos e uma pá-carregadeira foi apreendida por servidores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Ibama no fim da segunda fase da Operação Elo, concluída no último final de semana.
Além da destruição da madeira, os servidores dos institutos apreenderam, durante a primeira fase da ação, três caminhões e um trator de esteira. Eles prenderam sete pessoas em flagrante e mais uma por tentar impedir a fiscalização. Todos foram enquadrados judicialmente por dano ao meio ambiente.
Além dos servidores do ICMBio e do Ibama, atuaram na operação a Polícia Militar e o 53o Batalhão de Infantaria de Selva do Exército Brasileiro, sediado em Itaituba, que ficou como fiel depositário do equipamento apreendido.
A Operação Elo, realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, é uma ação conjunta não só do ICMBio com o Ibama, mas também de duas unidades de conservação situadas nas proximidades da BR-163: Flona Trairão e Reserva Extrativista (Resex) Riozinho do Anfrísio.
Localizada perto do município de Trairão, um pólo madeireiro, a Flona vem sendo alvo das empresas que, em virtude do escasseamento da madeira na região de livre exploração, sobretudo do ipê, do jatobá e do cedro, vêm invadindo a floresta, abrindo ramais, expandindo seu alcance e extraindo a madeira ilegalmente.
O ipê, uma das madeiras mais vendidas, é utilizada pela construção civil para formação de piso. O chefe da unidade de conservação e coordenador da operação, Maurício Santamaria,disse que o processo de exploração ilegal de madeira na floresta está em um estágio muito avançado. Segundo ele, os madeireiros infratores abriram várias estradas de dentro da unidade para extrair a madeira.
Atualmente, duas balsas saem semanalmente do porto de Itaituba em direção a Belém com mais de 800 metros cúbicos de madeira, a qual é exportada para vários países. Os analistas ambientais acreditam que metade da madeira que segue para Belém é ilegal e, embora esteja documentada com guia florestal, há a suspeita de que os infratores burlam a fiscalização e "esquentam" a documentação nas serrarias. Os institutos vêm tentando coibir a exploração ilegal da madeira, mas a burla da lei dificulta o trabalho.
As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.