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Operação muda rotina na sede da Funasa

Folha de Boa Vista
Autor: ANDREZZA TRAJANO
26 de Out de 2007

O movimento de policiais federais e auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) foi intenso durante toda a manhã de ontem na sede da Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Lá foram cumpridos mandados de busca e apreensão em todos os departamentos. As atividades da instituição foram suspensas até a saída dos policiais, às 11h.

O atendimento à saúde nas áreas indígenas continuou normal porque os trabalhos são desenvolvidos por empresas e instituições conveniadas, contratadas para atender os distritos sanitários.

Segundo os funcionários, os policiais chegaram por volta das 6h na sede da instituição, em Boa Vista. Os servidores que estavam do lado de fora não podiam entrar e quem estava dentro não podia sair. Todos os departamentos foram vistoriados, começando pelo segundo andar do prédio.

Alguns materiais, como computadores e documentos, foram apreendidos e levados para uma sala no térreo onde funciona o serviço de capacitação. Nesta sala, os documentos eram analisados e selecionados pelos policiais e auditores da CGU.

Servidores e técnicos terceirizados se aglomeravam em frente da sede da Funasa em busca de informação. Fomos pegos de surpresa. Estávamos chegando para trabalhar, não sabíamos de nada. É uma situação desagradável, uma tristeza. Trabalho aqui há muitos anos e nunca vi nada igual”, comentou um funcionário.

Parentes de funcionários presos e empresários também compareceram à sede da fundação. Após a saída dos policiais, os poucos funcionários que ainda estavam em frente puderam entrar para trabalhar.

CGU - Segundo a Assessoria de Comunicação da CGU, 11 auditores acompanham os 252 policiais federais com o objetivo de orientá-los na seleção e análise dos documentos que possam caracterizar indícios de irregularidades em licitações. Devem ser cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e 30 mandados de prisão em Roraima, Amazonas e Paraná.

ATUAÇÃO - A Fundação Nacional de Saúde é um órgão Executivo do Ministério da Saúde, responsável em promover a inclusão social por meio de ações de saneamento básico, prevenções de doenças e controle de agravos. É também a instituição responsável pela promoção e proteção à saúde dos povos indígenas.

Em Roraima, atua em 14 municípios na área de saneamento básico e em comunidades indígenas com serviços de saúde. Atende a mais de 40 mil índios por meio das cinco instituições prestadoras de serviços - Conselho Indígena de Roraima (CIR), Universidade de Brasília (UNB), Diocese de Roraima, Associação, Serviço e Cooperação com o povo Yanomami e o Instituto Brasileiro pelo Desenvolvimento Sanitário (IBDS). Possui 180 funcionários efetivos e 403 terceirizados.

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