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Operação custou à Funasa R$ 4,5 mi

OESP, Nacional, p. A8
25 de Mai de 2008

Operação custou à Funasa R$ 4,5 mi

Ricardo Brandt

A operação no Vale do Javari custou à Funasa R$ 4,5 milhões e faz parte de reestruturação implantada no Departamento de Saúde Indígena (Desai) para tentar reverter os problemas envolvendo as ações de saúde para os índios. No ano passado, o Desai chegou a ficar mais de 8 meses sem um diretor. O Orçamento de 2008 para atenção básica à saúde indígena teve corte de R$ 65 milhões. O número insuficiente de profissionais também é um agravante.

Enfrentando pressões das entidades indígenas, o presidente da Funasa, Francisco Danilo Bastos Forte, decidiu convidar para assumir a pasta um quadro técnico e com experiência em situação crítica. Escalou para a função um funcionário de 28 anos de casa, o ex-diretor do Desai de Mato Grosso do Sul Wanderley Guenka, há 10 meses no cargo.

Foi Guenka que enfrentou a crise da mortalidade infantil entre os caiovás e guaranis de Dourados (MS) e reduziu a taxa de morte de 140 por mil nascidos vivos (1999) para 39,2 (2006). Foi dele a iniciativa de começar a sensibilizar o governo sobre a necessidade da operação no Vale do Javari.

Guenka explica que, além de levar vacinas para os povos que vivem geograficamente isolados, o mapeamento epidemiológico é a base para ações que apresentem resultados. "Sempre houve muita cobrança para que se resolvessem os problemas de saúde do Vale do Javari. No ano passado passei 10 dias na região e cheguei à conclusão de que não daria para resolver sozinho." Baseada no caso do Vale do Javari, a Funasa executará neste ano ações entre os ianomâmis do Alto Rio Negro (RR) e os xavantes de Mato Grosso.

OESP, 25/05/2008, Nacional, p. A8

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