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ONG questiona atendimento aos povos indígenas na Amazônia

O Rio Branco-Rio Branco-AC
Autor: Pedro Paulo
31 de Out de 2003

O representante da Coordenação da União de Nações e Povos Indígenas do Acre, Rondônia, Noroeste de Mato Grosso e Sul do Amazonas (Cunpir), questionou esta semana, através de documentos, a imagem criada na mídia de que os índios da reserva Roosevelt são os verdadeiros vilões, no conflito criado com a exploração de terras e diamantes da área em litígio.

Segundo os coordenadores da Cunpir, no Estado, todos os índios que vivem em Rondônia sofrem com a discriminação da sociedade que, influenciada pela ação de empresários, políticos, garimpeiros e pela mídia, são considerados culpados pelos conflitos ocorridos nos últimos anos. Na reserva onde há um embate para a exploração de uma mina de diamantes, os índios estariam sendo ameaçados de morte e vítimas de atentados.

"Continuamos trabalhando para levar ao índio a conscientização dos problemas e sobre a necessidade de mudar a imagem de vilão imposta pela sociedade. No entanto, precisamos contar com a ação das autoridades e instituições sociais, para que haja a valorização e proteção do índio que, desde o princípio, vem sendo perseguido pelo homem branco", disse um dos coordenadores, que preferiu não se identificar devido à ameaça de morte.

De acordo com a Coordenação da União de Nações e Povos Indígenas, o índio tem todo direito à terra e ao incentivo cultural, econômico e ambiental promovido pelas autoridades. Ainda assim, sofre com o extermínio de suas lideranças há anos, sem que nenhum caso tenha sido resolvido.

"Aqui no Acre, há políticos que afirmam trabalhar em favor dos povos indígenas, mas de concreto nada pode ser visualizado. Eles ignoram a legislação federal que garante o direito e a autonomia de exploração e conservação de suas poucas reservas", comentou o assustado dirigente.

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