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Oficinas para três povos indígenas

A Crítica, Cidades, p. C5
22 de Ago de 2002

Oficinas para três povos indígenas

Cerca de cem indígenas de três etnias, os suruís-aikeuaras, do Pará, os culinas e canamaris, do Amazonas, participam de oficinas de capacitação inicial para implantação de projetos. Até amanhã, em Marabá (PA), uma equipe técnica do Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas (PDPI) desenvolve ações de treinamento com os suruís-aikeuaras. No período de 26 a 31 deste mês, no Município de Eirunepé (AM), um grupo de 86 indígenas culinas e canamaris participará da última oficina deste ano, realizada pelo PDPI às comunidades indígenas que tiveram projetos aprovados, em junho passado, pela Comissão Executiva desse programa.

Os culinas e canamaris, da região do rio Juruá, representam o maior contingente de indígenas reunidos em encontros dessa natureza. Os projetos dos dois povos são os de "Atividades Econômicas Sustentáveis" e representam um dos passos que os indígenas querem dar visando reduzir a dependência econômica ao qual estão hoje submetidos, e construir alternativas que possam, no futuro, garantir qualidade de vida às comunidades.

Os primeiros projetos indígenas aprovados pela CE/PDPI, em número de nove, representam um volume de recursos da ordem de R$ 1.338 milhão. Uma dessas propostas refere-se ao fortalecimento institucional da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab). Os demais, das comunidades indígenas do Amazonas, Acre e Pará.

As outras quatro oficinas realizadas pelo PDPI foram em Boa Vista (RR) e no Amazonas, nos Municípios de Benjamin Constant, São Gabriel da Cachoeira e Manaus.

O PDPI está instalado em Manaus há oito meses. É um componente do Projetos Demonstrativos (PDA), desenvolvido pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) por meio da Secretaria de Coordenação da Amazônia (SCA) no âmbito do Programa Piloto para Proteção das Florestas Tropicais (PPG-7). Atua especificamente com as populações indígenas da Amazônia Legal (Estados do Amazonas, Acre, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará, Mato Grosso, Tocantins e parte do Maranhão). Os principais parceiros do programa são os governos alemão e britânico.

A Crítica, 22/08/2002, Cidades, p. C5

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