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Ocupação de pousada entra no 6º dia e ainda há 9 reféns

Gazeta de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Marcos Azevedo
12 de Ago de 2005

Os turistas gaúchos Juliano Polita, 31 anos e Luciano Frizon, 32, de Guaporé (RS), nunca imaginaram que ao comprar um pacote turístico para pescar na divisa entre Mato Grosso e Amazonas, fossem viver um drama. Eles ficaram quase 4 dias como reféns na pousada Jurumé, em Apiacás, depois que o proprietário foi atacado por cerca de 20 índios da Aldeia Muruvi, que alegam serem donos das terras onde a pousada foi construída.

Tudo começou no domingo quando o proprietário Ari Carneiro, estava recebendo um avião da Funai, na pista de pouso, que foi levar mantimentos para os índios, e foi atacado. Ele foi ferido na cabeça e levou uma flechada na perna. Depois de ser socorrido pelo avião da Funai e encaminhado para Alta Floresta, Carneiro procurou as autoridades para resolver o problema dos turistas e dos empregados, que estariam a mercê dos índios. Os dois turistas contaram à promotora Audrey Ility, que não foram agredidos pelos índios. Eles conseguiram sair da pousada descendo de barco até a barra que fica na confluência entre os rios Juruena e Teles Pires. De lá eles foram resgatados pelo proprietário de uma pousada vizinha, que trouxe os dois de avião a Alta Floresta.

Na pousada ainda estão 4 homens, 3 mulheres, um adolescente e uma criança de 5. São funcionários da pousada e seus filhos que estão impedidos de sair. "Se algum avião descer lá, os índios prometem destruir. Mas a Polícia Federal, a polícia estadual, o Ministério Público estão agindo juntos para resolver a situação. A Funai deve intermediar com os índios a ida de um avião ao local para retirar essas pessoas", garantiu a promotora. O resgate deve ocorrer ainda hoje. Segundo a promotora, Ari Carneiro apresentou a documentação das terras, que não estariam em área indígena.

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