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Obrigada Senhor Presidente,

Azelene Kaingang (por e-mail)
Autor: Azelene Kaingang
20 de Jun de 2002

Caros Conselheiros, Senhoras e Senhores,

Resisti muito em escrever algo sobre a carta da COIAB, intitulada " Carta Pública, a Senhora Azelene Krigg Kaingáng não representa o CAPOIB nem a COIAB".

Primeiro porque não cabe a mim fazer minha defesa e sim 'aqueles que acreditam no meu trabalho e vêem nele a possibilidade de somar para o movimento indígena no Brasil.

Quando durante um evento do Banco Mundial onde viabilizamos a participação de organizações indígenas, o Ailton Krenak me entregou uma carta com assinaturas de onze organizações indígenas manifestando sua indignação com a atitude da COIAB e ao mesmo tempo reiterando a importância do meu trabalho, não poderia deixar de escrever algo sobre este lamentável equívoco.

A carta intitulada " Carta de Repúdio a Falta de Ética da COIAB" nos remete a reflexão sobre o que é o movimento indígena no Brasil de hoje e de quem é mais ou menos legítimo na defesa dos Direitos indígenas, ao mesmo tempo em que explicita que aprendemos o que de pior há na sociedade não indígena, que é a falta de ética aliada a falta de respeito para com nós mesmos que com certeza não são características nossas.

Poderia ter usado da mesma estratégia usada pela Coordenação Executiva da COIAB para justificar essa atitude, falando por exemplo da atual situação de desgaste e da falta de compromisso e transparência administrativa, técnica e política da atual coordenação, problemas que já ultrapassaram as fronteiras da Amazônia legal, região de atuação da COIAB a cujas comprovações legais tivemos acesso, porém sempre fiz o contrário, em todos os evento dos quais participo sempre fiz questão de reforçar a importância da COIAB enquanto organização indígena de referência para o movimento nacional mesmo sabendo das sérias crises institucionais pela qual passa esta organização, mas penso que estaria sendo pior do que aqueles que veicularam a supracitada carta a meu respeito, por isso apenas faço um breve relato de algumas das principais ações por mim desenvolvidas no movimento nacional.

¢ No ano de 2000, participei da Marcha dos 500 Anos, onde estavam mais de 4000 mil índios de todo o Brasil, lá enfrentamos juntos todas as formas de violência contra nossos povos, porém o grande marco foi o rompimento com a tutela da igreja, juntamente com a Amazônia, nos retiramos da Conferência dos Povos Indígenas, massacrados pelo CIMI, mas fizemos valer nosso protesto contra os 500 Anos de dominação.

¢ No retorno, organizei e coordenei o primeiro Seminário Pró Estatuto do Índio, com a participação de mais de 80 líderes e organizações indígenas em Luziânia/GO. Após, realizamos mais sete Fóruns Regionais de direitos indígenas sendo um para o Sul/Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste, Amazônia Oriental, para o resto da Amazônia, para os Xavante e para os Kaiapó, possibilitando à maioria dos Povos Indígenas a oportunidade de conhecer, estudar e propor emendas à proposta apresentada pelo governo, nos tornamos aliados incondicionais da COIAB na luta pela aprovação do estatuto.

¢ Em 2001, participei, a convite da COIAB, enquanto profissional indígena da formulação da proposta indígena do Estatuto do Índio, onde exerci o papel de relatora;

¢ Ainda em 2001, fui indicada, enquanto membro da comissão responsável pelo CAPOIB e com o apoio da COIAB, como uma das representantes dos Povos Indígenas, juntamente com o Sebastião Manchineri, do Comitê Nacional para a preparação da participação brasileira na Conferência Mundial contra o Racismo.

¢ Viabilizei a efetiva participação indígena na Conferência Brasileira contra o Racismo que se realizou na cidade do Rio de Janeiro em julho de 2001, onde foram tiradas as reivindicações para serem levadas a Durban/África do Sul, sempre com a participação da COIAB e com o conhecimento de todos que eu estava no Comitê como indicação do CAPOIB.

¢ Enquanto o companheiro Sebastião Manchineri fez a defesa dos direitos indígenas na Conferência Regional em Santiago/Chile, o qual logo depois passou a exercer, por indicação da COIAB a Coordenação Geral da COICA, fui a única responsável pela defesa das reivindicações indígenas nas pré conferências em Genebra/Suíça e depois em Durban na Conferência Mundial, que inclui principalmente a aprovação do Estatuto do Índio, a demarcação das terras indígenas, o reconhecimento do nosso direito de sermos oficialmente denominados Povos Indígenas e a ratificação da Convenção 169 da OIT entre outros.

? Graças ao nosso trabalho e compromisso, aliado aos esforços de outros companheiros, inclusive da COIAB, conseguimos alguns avanços: a Convenção 169 da OIT foi aprovada ontem, dia 19.06.2002, sem emendas ao seu texto, que também foram retiradas graças ao trabalho de articulação que fizemos em parceria com outros líderes em convencer o relator Senador Romeu Tuma em retirar suas emendas ao texto da 169, sem dúvida foi uma vitória de todos nós do movimento indígena, das organizações e dos Povos Indígenas que há nove anos lutavam pela ratificação..

? Hoje o Brasil nos reconhece como Povos Indígenas, graças às negociações feitas com o Ministério das Relações Exteriores de que no nosso entendimento, sermos denominados Povos Indígenas, ao contrário do que diziam, não trazia nenhuma ameaça a soberania do País. Participamos de negociações com outros Países para convencê-los de que já não dava mais para negar-nos este direito histórico.

? Reivindicamos, e conseguimos quatro assentos em Conselhos Nacionais onde são discutidas políticas públicas para o País e para os índios, sendo eles: Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA, onde o representante indígena foi indicado pela COIAB e assinado e encaminhado por mim, enquanto membro da comissão do CAPOIB, sob pena de perdermos o assento, temos ainda um assento no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher que também é ocupado pela companheira Irani do povo Macuxi de Roraima que recebeu o nosso apoio e, graças à reivindicação levada por mim e pelo companheiro Sebastião Manchineri ao Ministro da Educação Paulo Renato, enquanto membros do Comitê Brasileiro para a Conferência Mundial contra o Racismo, temos hoje um assento ocupado no Conselho Nacional de Educação pela professora Francisca Novantino que também é da Amazônia, finalmente o assento no Conselho Nacional de Combate à Discriminação é por mim ocupado, graças ao trabalho e as conquistas garantidas através do meu

trabalho, fui convidada para ocupar este assento o único ocupado por índio fora da Amazônia que, como podem os Senhores perceber trouxe muitos espaços de relevância política para o movimento da Amazônia Brasileira;

? Continuamos batalhando pela aprovação do Estatuto do Índio, cuja luta já nos trouxe grandes aborrecimentos, inclusive agressões físicas sofridas por alguns de nós, mas que continua sendo nosso alvo mais importante na garantia dos Direitos Indígenas;

? Abrimos espaços nos principais órgãos de governo como no Ministério da Justiça, Ministério das Relações Exteriores e outras instituições como Banco Mundial e outros, elevamos o movimento indígena brasileiro participando com qualidade nas discussões a nível nacional e internacional, como o provam os vários informes que tenho enviado a todas as organizações indígenas, onde consta nossa participação na primeira sessão do Fórum Permanente da ONU para Questões Indígenas, incluindo o discurso por mim proferido na ONU.

? Graças à credibilidade que construímos junto à instituições e pessoas, fomos convidados durante o mês de maio e junho a participar das discussões para a formulação da Política Nacional de Biodiversidade e, por entendermos que a participação não deve ser pessoal e individual, propusemos que um grupo de técnicos e líderes indígenas participasse de todas as reuniões regionais, privilegiando a participação da Amazônia por ser a região que abriga o maior número de Povos e territórios indígenas. Assim sendo, houve a efetiva participação indígena nas discussões regionais do Nordeste, do Sul/Sudeste, do Centro-Oeste e da Amazônia que contou com 20 participações indígenas.

? Viabilizamos e coordenamos recentemente a participação direta das organizações Indígenas no Prêmio Banco Mundial de Cidadania, onde as organizações tiveram oportunidade de, pela primeira vez apresentar seus projetos ao Banco, quatro Projetos indígenas foram premiados sendo o Projeto Tikuna, indicado pelo Museu Nacional , o Projeto Kaiowá, indicado pela Universidade Dom Bosco, o Projeto de Artesanato Baniwa, indicado pela FOIRN e Projeto das Mulheres Indígenas de Palmas/PR, indicado pelo Wara Instituto Indígena Brasileiro, além de termos proporcionado aos Karajá a participação através de suas danças e rituais, que mereceram um cachê especial.

Caros Conselheiros, poderia aqui enumerar ainda muitas outras contribuições de relevante interesse dos Povos Indígenas, porém, quero fazer outros esclarecimentos em relação ao movimento indígena, entre eles o CAPOIB.

Quando em 2000, nos reunimos para discutir a proposta do Estatuto do Índio, houve uma reunião para definir os destinos do CAPOIB, onde as organizações e líderes participantes decidiram nomear uma comissão para responder pelo CAPOIB enquanto não houvesse a assembléia Geral para definir os novos rumos da instituição, que foram indicados pela Amazônia os índios José Adalberto Macux e Orlando i Baré e pela Região Sul Eu, Azelene Kaingáng, cuja ATA de reunião está anexa a esta.

Sabemos todos nós da situação em que se encontra o CAPOIB e por que se encontra dessa forma e quem transformou o CAPOIB numa organização desgastada e sem crédito pelos financiadores, porém pensava que este seria um problema do movimento indígena que não deveria ser jogado para fora do movimento para que não explicitasse a incapacidade dos nossos representantes em dirigir nossa organização maior, sempre atuei constrangida como membro da comissão do CAPOIB, porque sabia a situação da organização, porém quando vincularam meu trabalho na Conferência Mundial contra o Racismo e fiquei conhecida como pessoa ligada ao Conselho via a possibilidade de se tornar mais fácil nossa rearticulação nacional, porém a Coordenação Geral da COIAB resolveu revelar ao mundo nossa incompetência e inabilidade em dirigir nosso movimento, depondo contra si e contra todos, porque a carta pública veiculada na Internet não depõe contra mim, mas contra todos nós, em especial aqueles que sabemos quem são, que são os responsáveis pela situação do CAPOIB.

Companheiros, posso garantir-lhes que nunca recebi recursos financeiros em nome do movimento indígena, a não ser, quando em janeiro de 2002, a OXFAM me contactou dizendo de seu interesse em viabilizar a participação de alguns índios no Fórum Social Mundial em Porto Alegre em fevereiro deste ano, onde uma
organização do movimento Negro recebeu o recurso por não termos condições de receber devido a situação do CAPOIB.

Causa -me estranheza e revolta quando a COIAB diz que eu não estou autorizada a falar pelo CAPOIB demonstra a flagrante falta de ética e de memória de seus coordenadores, não tenho necessidade de usar nome de organização indígena para conquistar espaços, ao contrário do que dizem os coordenadores, também nunca me identifiquei como representante da COIAB, sempre disse sim que a mesma é a organização de referência do movimento indígena no Brasil, reforçando a importância da COIAB, tenho consciência e ética suficiente e conheço geografia para saber que meu povo e eu não somos da Amazônia para ter a pretensão de representá-los, aliás não necessito estar investida de um cargo de representatividade para defender os direitos do meu povo e os meus direitos enquanto inegavelmente líder, índia e brasileira.

O escritório do CAPOIB como o diz a carta da COIAB, realmente não funciona há algum tempo, porque me dediquei a fazer levantamentos e relatórios sobre a atual situação e o que aconteceu foi que as pessoas, inclusive da Amazônia que assumiram a organização, receberam recursos financeiros e não prestaram contas nem relatórios aos financiadores internacionais, por isso a organização caiu no descrédito e sucumbiu, mesmo assim elevamos o nome do CAPOIB com nosso trabalho, enquanto responsáveis pelo movimento indígena no nosso País.

A carta da COIAB, reflete o desespero da atual Coordenação Executiva que leva a organização para uma crescente degradação e desgaste político, quando caiu no descrédito pela falta de qualificação para dirigir o movimento da Amazônia, e o que é mais sério, o temor de que alguém que não seja da Amazônia tenha ascensão no movimento indígena e o que é ainda pior quando esse alguém é uma mulher indígena, porque o movimento indígena organizado no Brasil e no mundo é um palco de domínio masculino onde a crescente participação feminina incomoda visivelmente.

Não preciso do reconhecimento da atual coordenação da COIAB para lutar pelos direitos indígenas, e eles não são donos do CAPOIB que é o movimento nacional, a pretensão em vincular meu trabalho ao seu reconhecimento, demonstra a arrogância e o preconceito contra índios de outras regiões.

Cumpro com um papel que cabe inclusive à COIAB, que devido ao papel equivocado que ora assume no movimento indígena deixou de exercer o seu verdadeiro papel de defesa dos direitos indígenas, coube a pessoas como eu fazerem a defesa e garantir os direitos dos povos indígenas do nosso País enquanto esperávamos que a organização finalmente retomasse o papel que sempre a caracterizou que é o do compromisso e da ética na defesa dos direitos dos Povos Indígenas da Amazônia e do Brasil.

Receber apoio, através da assinatura de uma carta de repúdio, de pessoas do movimento indígena que reconhecem a importância do meu trabalho para mim é motivo de orgulho, por um lado a carta da COIAB que tenta denegrir minha imagem contribui para colocarmos um "termômetro" no movimento indígena para medir o respeito ao nosso trabalho e esta resposta veio em forma das cartas anexas a esta e diversos telefonemas, inclusive de financiadores internacionais manifestando sua solidariedade, e lamentando a atitude equivocada da Coordenação Executiva da COIAB. A Cata Anexa, quando assinada por uma das mais respeitadas e talvez a maior organização de base da COIAB, a FOIRN, para mim é motivo de muito orgulho que graças a Carta Pública contra mim tive o privilégio de receber tão honroso apoio, da mesma forma assinam a carta a APOINME, a maior organização Indígena do Nordeste, O Centro de Cultura Indígena dirigido por nosso querido e respeitado Ailton Krenak, que igualmente foi massacrado pelo movimento indígena com a ajuda da igreja e de governos e que hoje é mundialmente respeitado pela sua incansável luta em defesa dos nossos Povos, a recentemente criada APROINT - Associação dos Professores Indígenas do Nordeste que também assina a carta dando a mim o seu crédito de confiança, a Associação Krenak, com a qual nunca mantive contato, mas que conhece meu trabalho me honrou com este apoio, o dirigente da Yakinõ, organização vinculada à COIAB, os dirigentes do recém criado, durante o Fórum Social Mundial Warã Instituto Indígena Brasileiro formado por um grupo de técnicos indígenas com curso superior, o Conselho dos Povos Indígenas do Estado de Santa Catarina que é da minha base política também não exitou em revalidar o seu apoio e confiança no meu trabalho, a Coordenação Karajá/MT sempre atenta ao meu trabalho também faz questão de creditar a mim o seu apoio, finalmente também me surpreendeu ao ver a assinatura do representante do Comitê Inter Tribal Marcos Terena que é sempre muito polêmico em suas atuações mas que faz questão de, neste momento se solidarizar a mim.

Quero falar de maneira muito especial à carta que os parentes e líderes Baniwa fizeram à Coordenação da COIAB, chamando a atenção para a gravidade da carta veiculada contra mim na internet, mais do que orgulhosa, fiquei emocionada ao recebê-la em pleno evento do Banco Mundial, revelava definitivamente que o que pretendera ser algo para me prejudicar haveria de render mais, muito mais créditos a meu favor e em favor do movimento indígena do nosso querido Brasil.

Quero ressaltar ainda, que entre os grandes apoios que tenho recebido, muito me marcou uma carta enviada ao ex-Ministro Justiça José Gregori, quando da perseguição política que sofri pelo ex-presidente da Fundação Nacional do Índio, carta esta assinada pelo então Coordenador Geral da COIAB Euclides Pereira, índio Macuxi de Roraima, onde manifestava sua indignação pelas injustiças contra mim cometidas pela direção da FUNAI, demonstrando a sua solidariedade e acima de tudo sua humildade em apoiar-me naquele momento e mais, demonstrando que uma instituição é feita pelos seus dirigentes, por aqueles que tem a responsabilidade de conduzir o seu destino, assim como o fazem agora os atuais dirigentes da COIAB.

Senhores Conselheiros e demais representantes, Senhoras e Senhores, quero mais do que dizer-lhes, lembrar-lhes que muitos de nós aqui presentes já fomos duramente prejudicados, perseguidos e massacrados pela igreja por governos e instituições que não nos admitem como pessoas capazes de construir e dirigir nossos destinos e de nossos povos, o que a Coordenação Executiva da COIAB fez contra mim, a igreja já o fez nos 500 Anos de Brasil e durante as discussões do Estatuto do Índio, onde respondemos à altura com o documento chamado "As Faces Escuras do Indigenismo Missionário e as Novas Formas de Dominação Colonial", lembram? Como resposta recebemos uma enxurrada de documentos nos agredindo e sendo veiculados na Internet, essa atitude de Cláudio Mura, que recentemente esteve em minha casa ao qual dedicamos nossa atenção e nosso tempo sempre com o maior respeito, de Agnelo Xavante que contou com nosso apoio e campanha para a sua eleição como Coordenador Secretário da COIAB e que recentemente sentou-se à minha sagrada mesa e comeu do meu pão juntamente com a minha família, e do Genivaldo que não o conheço muito bem, mas tenho o privilégio de conhecê-lo através de sua participação na carta Pública da COIAB, demonstra que aprendemos o que de pior fizeram conosco e hoje sou vítima dessas mesmas atitudes só que lamentavelmente quem o faz é a nossa querida e respeitada Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB, que também provoca uma divisão no movimento indígena, na medida em que várias organizações de todo o País assinam uma carta de repúdio contra a COIAB.

Para finalizar, quero creditar as minhas esperanças de ver restabelecida a COIAB, que como sabemos está atravessando uma crise sem precedentes que a leva pelo mesmo caminho que o CAPOIB e dizer que mesmo sabendo de todas as irregularidades que de tão sérias podem transformar-se num badalado caso de polícia, nunca denegri a imagem desta organização por entender-me parte dela por ser a mesma parte do movimento indígena, como já dizia Gandhi, esses são os nossos problemas, não dos outros, os outros não precisam ficar sabendo, cabe a nós resolvê-los, esta esperança credito ao Conselho deliberativo da COIAB, que me concedeu este espaço, cabe aos Senhores membros e dirigentes de organizações indígenas sanear a COIAB, está em Vossas mãos a oportunidade e a responsabilidade de não permitir que tão conceituada organização seja usada para fins e interesses pessoais, cabe aos Senhores reerguer a COIAB, ainda que isso custe a reputação, o conceito e o caráter daqueles que abusaram da confiança creditada pelas organizações e líderes da Amazônia Brasileira.

Esperando ainda que este Conselho da COIAB devolva a mim o crédito abalado por seus dirigentes, através de uma retratação Pública, renovo mais uma vez meu respeito e meu compromisso na luta em defesa de nossos Povos, tão sofridos e desrespeitados por aqueles que historicamente nos exploraram.

Muito Obrigada, Senhores Conselheiros, Obrigada Senhor Presidente.

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