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Obras da usina de Belo Monte podem começar este ano

Estado de S.Paulo
Autor: Milton F. da Rocha Filho
08 de Mar de 2002

O presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, quer o início das obras da hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, ainda no segundo semestre de 2002. Ele deseja que um estudo de viabilidade e da produção de um edital para o leilão de concessão esteja pronto já em abril, para que em junho ou julho se realize o leilão de concessão. A hidrelétrica terá 11 mil megawatts de potência e já é chamada pelos empresários da Itaipu Amazônica, como disse o presidente da Associação Brasileira da Infra-estrutura e Indústria de Base (Abdib), José Augusto Marques.
A decisão do presidente da República tem apoio do setor empresarial e de técnicos. Setores ligados ao PFL, à Eletrobrás e ao setor elétrico, e que agora estão deixando o governo, queriam a contratação de uma consultoria para fazer uma modelagem para a privatização de Belo Monte. O que o governo quer é economizar o dinheiro a ser pago a uma consultoria e realizar um leilão transparente para transferir a concessão de Belo Monte. Essa decisão foi tomada e vai impedir que as obras de Belo Monte só se iniciem em 2003.
As obras começarão ainda no último trimestre do ano, possivelmente em outubro, com a instalação de um canteiro de obras. Segundo o mecanismo adotado para o leilão, o consórcio que oferecer um porcentual superior a 51% para o controle da concessão pelo prazo de 30 anos será considerado vitorioso. A Eletrobrás deverá ficar com o porcentual restante, a partir de 49%.
O custo de construção de Belo Monte é estimado em US$ 6 bilhões. Um consórcio semelhante ao que construiu a hidrelétrica de Itaipu, ainda a maior do mundo, já está praticamente formado, com quase as mesmas companhias. Este consórcio utilizaria a mesma tecnologia, mas os equipamentos para a hidrelétrica seriam produzidos no País, gerando mais de 4 mil empregos.

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