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Novas hidrelétricas - Municípios receberão R$ 4,7 milhões

Folha Popular-Palmas-TO
20 de Abr de 2002

Os seis municípios do Tocantins, que serão afetados pelos lagos formados em função da construção das hidrelétricas de Santa Isabel e de São Salvador, vão receber R$ 4,7 milhões por ano, durante um período mínimo de 35 anos, a título de compensação financeira. O valor foi calculado pela Aneel, com base na área de alagamento que ocorrerá em cada um deles.

O maior valor será destinado ao município de Xambioá, cidade às margens do rio Araguaia, com 14 mil habitantes, distante 502 quilômetros de Palmas. A Prefeitura vai receber do Consórcio Gesai (Geração Santa Isabel), um total de R$ 932 mil por ano, cerca de R$ 32,6 milhões nos 35 anos de operação da hidrelétrica.

Ananás, onde será implantada a nova usina, vai receber R$ 920 mil por ano, ou R$ 32,2 milhões em 35 anos. O município de Araguanã ficará com R$ 7 mil ao ano, aproximadamente R$ 245 mil no mesmo período, enquanto a cidade de Riachinho, terá R$ 6 mil por ano, equivalente a R$ 210 mil nos mesmos 35 anos. Todos esses valores serão corrigidos.

SÃO SALVADOR
A Usina Hidrelétrica de São Salvador, cuja construção será feita pela Tractebel Sul, o braço brasileiro da multinacional belga que é considerada uma das maiores geradoras de energia elétrica do mundo, vai pagar R$ 497 mil para o município de Palmeirópolis, por ano, representando R$ 17,3 milhões também durante um período mínimo de 35 anos.

O município de Paranã terá uma compensação financeira de R$ 460 mil por ano, equivalente a R$ 16,1 milhões em 35 anos. São Salvador, a cidade-sede da hidrelétrica mas que, ao mesmo tempo, terá a menor área alagada, vai receber R$ 41 mil por ano, ou R$ 1,4 milhão nos 35 anos. Do lado de Goiás, as cidades de Minaçu e Cavalcanti terão R$ 22 mil e R$ 10 mil, ao ano, respectivamente.

A renda extra oferecida aos municípios faz parte dos termos do contrato firmado entre a Aneel e as empresas encarregadas da construção das novas usinas. Elas obedecem a um calendário com 35 anos, o mesmo tempo das concessões do Governo. Em caso de interesse das empresas, poderá haver renovação por mais 35 anos.

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