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Novamente a água em Bragança Paulista

Cidade de Bragança, Editorial, p. 2
15 de Abr de 2007

Novamente a água em Bragança Paulista

O Cidade de Bragança, com esta edição, tenta novamente sensibilizar o poder público sobre o futuro da água na região bragantina. A reportagem especial de manchete e um alerta na página 8 sobre as sombrias perspectivas ambientais em Bragança deveriam ser suficientes para forçar uma mudança radical na atitude dos detentores do poder e da população que os elegeu. Mas como se diz coloquialmente: já assistimos esse filme várias vezes. 0 poder público, dificilmente irá mudar seu modus operandi, e as coisas prosseguirão como sempre. Em português claro, o meio ambiente continuará em sua marcha inexorável de degradação. A água se tornará mais escassa e o Plano Diretor que viera para nos salvar agora age como inimigo do líquido que sustenta a vida, no momento em que o Bairro do Guaripocaba passa a ser contemplado com a possibilidade da abertura de uma nova região industrial. O Instituto Socioambiental é sem dúvida alguma, uma das mais importantes e ativas organizações não-governamentais que se preocupa com o futuro da população brasileira e dos ecossistemas que a sustentam. Contudo, como ressaltado pela jornalista bragantina Andréa Ono, a ausência dos representantes do poder público à apresentação do seu diagnóstico ambiental produzido especialmente para o Sistema Cantareira, mostra claramente a atitude reinante nas esferas do poder. Há tini total desprezo pela questão que deveria ser unia das coisas finais importantes deste, século, a preservação do líquido que garante a vida. E assim a vida continuar Os cientistas fazem seu trabalho e alertam a sociedade e os poderes. E o tempo passa. Quando as conseqüências inevitáveis chegarem não haverá distinção entre pobres e ricos, políticos ou eleitores, brancos ou negros. Todos sofrerão igualmente. Pior: as próximas gerações amaldiçoarão esta por olhar passivamente para a destruição do seu futuro.

Cidade de Bragança, 15/04/2007, Editorial, p. 2

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