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Nota de Repúdio contra violência

Coiab - www.coiab.com.br
07 de Jul de 2008

A COIAB vem expressar, publicamente, repúdio aos atos de violência contra o povo Guajajara - que habita o Estado do Maranhão. Análise dos sucessivos episódios de violência ocorridos no Estado, em 2008, identificou correlação das agressões a indígenas da região com a questão territorial e/ou com a exploração ilegal de madeira.

No dia 26 de junho, dois indígenas tiveram suas casas baleadas, próximo ao município de Arame (MA). Os agressores deixaram bilhetes com uma lista ameaçando de morte seis pessoas pertencentes ao povo Guajajara.

Também no dia 26 de junho, por volta das 21h30, foram disparados tiros na aldeia Angico Torto, na Terra Indígena Araribóia, município de Arame (MA). Nesta ocasião, também foi deixada uma cópia do bilhete, contendo as mesmas ameaças. Além de terem sido vítimas de violência, os indígenas foram impedidos de registrar os atentados na delegacia de Grajaú, pois a Polícia Civil estava em greve no Estado.

As comunidades indígenas do Maranhão são constantemente vítimas de preconceito, ameaças e atentados. No dia 5 de maio, dois homens encapuzados invadiram a aldeia Anajá, na terra indígena Araribóia, próxima ao município de Arame, e mataram uma menina Guajajara de seis anos com um tiro na cabeça, deixando seu irmão ferido.

Em 23 de maio, um casal de indígenas Guajajara que caminhava em direção à aldeia Bacurizinho pela rodovia MA-006 - próximo ao povoado de São Raimundo - foi atingido a tiros por dois homens que passavam de moto pelo local. Até o momento, os agressores da violência gratuita não foram identificados.

Diante das sucessivas agressões ao povo Guajajara, a COIAB vem a público denunciar estas violações dos direitos humanos, e solicitar às autoridades competentes que tomem as devidas providências para que estes atos não fiquem impunes.

Coordenação Executiva da COIAB

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