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No AM, Exército, Força Nacional, PM e PF não encontram desaparecidos há 13 dias

O Globo, País, p. 11
31 de Dez de 2013

No AM, Exército, Força Nacional, PM e PF não encontram desaparecidos há 13 dias
Busca é feita em reserva indígena; Transamazônica tem pedágio suspenso

PAULA LITAIFF*
opais@oglobo.com.br

MANAUS- Após três dias de buscas na Reserva Indígena Tenharim Marmelos, no município de Humaitá (a 675 quilômetros de Manaus), a Força Nacional, o Exército, a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar (PM) não conseguiram encontrar três homens que desapareceram há 13 dias.
No dia 26 de dezembro, 300 homens das quatro instituições de segurança montaram acampamento na reserva para procurar o professor da rede pública municipal Stef Pinheiro de Souza, Aldeney Ribeiro Salvador, gerente da Eletrobras Amazonas Energia em Santo Antônio do Matupi (Distrito de Manicoré), e o representante comercial Luciano da Conceição Ferreira Freire, que sumiram no dia 16 deste mês, no momento em que passavam próximo à reserva. A população não indígena acusa os habitantes da reserva de terem sequestrado as três pessoas.
Os parentes dos três desaparecidos pediram urgência nas investigações. A assessoria da PF informou que hoje os agentes vão intensificar o trabalho e a previsão para a conclusão da investigação inicial é de 36 horas.
Na coletiva, a PF declarou ainda que foi anunciada a suspensão da cobrança de pedágio na rodovia Transamazônica, feita pelos índios (no trecho entre os municípios de Humaitá e Apuí), e que motivou parte dos protestos.
A suspensão é resultado de uma reunião realizada ontem com representantes da reserva, no 54o Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), em Humaitá, que resultou na assinatura de um termo de compromisso, onde os indígenas suspendem a cobrança enquanto durar a operação.
Refugiados no 54o Batalhão desde o dia 25 deste mês, os indígenas voltaram ontem para a reserva após determinação judicial que ordenava a proteção dos 140 índios. Os índios estavam abrigados para se proteger da violência dos manifestantes, que queimaram unidades da Funai e da Secretaria de Saúde Indígena. (*Especial para O GLOBO)

O Globo, 31/12/2013, País, p. 11

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