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Não aceitam negociar limites da sua área

Porantim, p. 14 (Brasília - DF)
31 de Ago de 1997

As áreas indígenas das etnias Guarani e Tupiniquim, no Espírito Santo, passaram a ter uma superfície de 14.270 hectares (TI Pau Brasil e TI Caieiras Velha unificadas) e 3.800 hectares (TI Comboios). No prazo concedido, a empresa Aracruz Celulose contestou as propostas do grupo técnico da Funai que estudou a possibilidade de ampliação dessas áreas, mas a contestação foi dada como improcedente pelo órgão. Então, a reivindicação foi encaminhada para o Ministro da Justiça, em 14 de julho do ano passado. Os indígenas conseguiram uma audiência com o ministro para pressionar a respeito de uma decisão favorável e entregar materiais de apoio internacional à causa. A audiência, porém, foi muito rápida. Outra reunião foi marcada, para agosto, à qual compareceram representantes indígenas, do Cimi, da Aracruz Celulose, da Capoib e o secretário executivo do ministério. Os indígenas se posicionaram em não negociar a ampliação com a empresa, mesmo que no formato de arrendamento, redução ou permuta, o que seria inconstitucional. Embora as denúncias de lobby por parte de uma empresa contratada pela Aracruz para consolidar sua imagem no plano internacional, o Ministério afirmou que não cederia às pressões.

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