Murilo pede escola de 2º grau para a reserva

O deputado Murilo Zauith (PSDB) apresentou na sessão de ontem da Assembléia Legislativa um requerimento para que o Governo do Estado implante o Ensino Médio na Reserva Indígena de Dourados. O pedido de Murilo leva em conta os anseios de uma população que representa 16% de toda a comunidade indígena de Mato Grosso do Sul, mas que não goza plenamente de seus direitos elementares, como o acesso ao 2o grau, por exemplo. O deputado propõe também que o Ensino Médio seja oferecido em nível profissionalizante, capacitando os jovens guarani-kaiowá e terena em ocupações de nível técnico, garantindo a formação de profissionais para atender a grande demanda existente em várias áreas. Segundo ainda os números apurados pelo deputado Murilo há pelo menos 300 adolescentes habitantes da Reserva Indígena que estão fora da escola justamente por falta desse espaço. De acordo com levantamento feito pelas lideranças das aldeias Bororó e Jaguapiru, atualmente apenas um reduzido grupo de no máximo 100 pessoas têm emprego e alguma renda mensal fixa na Reserva de Dourados. Uma das razões para os altos índices de desemprego é justamente o baixo nível de especialização dos trabalhadores indígenas. A proposta do deputado Murilo vem de encontro às necessidades de uma população estimada em cerca de 10 mil pessoas, das quais 1.700 são crianças e adolescentes que cursam o Ensino Fundamental sem saber como conseguirão prosseguir os estudos. Eles também se deparam com a ausência do ensino de 5ª a 8ª séries, que impede os jovens indígenas de concluírem essa etapa.