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Mulheres indígenas defendem a reestruturação da Funai

Funai-Brasília-DF
18 de Abr de 2006

A delegada Celina Baré é uma ativa militante indígena e uma das poucas mulheres que participou do início do movimento indígena no Brasil que resultou na criação da UNI - União das Nações Indígenas. Das deliberações nas plenárias da Conferência Nacional dos Povos Indígenas ela destaca a reestruturação da Funai. "Nós somos poucas, mas estamos trabalhando nos bastidores e não somos favoráveis à criação de nenhum setor indigenista, pois seria muito prematuro, o importante agora é reestruturar e fortalecer o órgão indigenista".

A reestruturação da Funai, para Celina é um passo importante para as populações indígenas. "A fragmentação da ação indigenista reflete nas bases, onde estão as aldeias, que não estão sendo atendidas. Porém, não adianta trabalhar na reestruturação sem a definição de um orçamento que permita levar projetos com acompanhamento para as áreas indígenas", ressalta.

Celina lamentou ainda, a pouca representatividade feminina na Conferência, que justifica devido à falta de informação e qualificação das próprias mulheres indígenas e cita como exemplo o Amazonas, que detém a maior população indígena e, dos seus sessenta delegados, apenas oito são mulheres. Mas diz dos avanços nos conselhos, estaduais e nacionais e também em fóruns internacionais: "creio que tudo isso é uma conquista, mas ainda muito pouco para o espaço que temos".

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