VOLTAR

Mudaram o alvo

O Globo, Economia, p. 18
Autor: VIDOR, George
21 de Jan de 2013

Mudaram o alvo

As ações judiciais que atrasam obras no setor elétrico têm agora como alvo as linhas de transmissão. A argumentação contra as hidrelétricas se esgotou e o próprio judiciário parou de acatar esse tipo de ação, até porque os departamentos jurídicos das empresas que investem em usinas aprenderam a se defender, e nos lugares próximos às usinas sempre há quem defenda os empreendimentos. Já no caso das linhas de transmissão, ministério público federal e os estaduais usam uma tática de guerrilha, tentando embargar, por exemplo, a construção de trechos. Sem a interligação obviamente as linhas não podem funcionar. É comum o trecho embargado passar por áreas isoladas e assim ninguém fica sabendo que a obra está parada.
Sem defensores ou repercussão na mídia da paralisação da obra, politicamente fica mais fácil atacar o setor elétrico por esse lado.
O único efeito prático dessa sucessão de embargos é retardar a conclusão da obra. Como em economia não há almoço grátis, os atrasos encarecem o custo da energia, e quem paga a conta é o consumidor.

O Globo, 21/01/2013, Economia, p. 18

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.