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MT vai coordenar pesquisa sobre turismo indígena no país

Midianews-Cuiabá-MT
04 de Jun de 2005

A Secretária de Desenvolvimento do Turismo de Mato Grosso, Yêda Marli de Oliveira Assis, vice-presidente de Relações Internacionais do Fórum Nacional de Secretários e Dirigentes de Turismo, inicia ainda este mês uma pesquisa de âmbito nacional sobre iniciativas ligadas ao turismo indígena.

A proposta - encaminhada à instituição pela secretária Yêda Assis foi acatada na última reunião do Fórum Nacional de Secretários de Turismo realizada nesta quinta-feira (02), em São Paulo, durante o I Salão Brasileiro do Turismo - Roteiros do Brasil.

O objetivo da pesquisa, segundo Yêda, é valorizar a cultura, auxiliar na elaboração de políticas públicas, regulamentar, normatizar e incentivar a prática do etnoturismo junto às comunidades indígenas brasileiras cuja população é estimada pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em cerca de 345 mil índios distribuídos entre 215 sociedades indígenas. "Segundo a Funai, 0,2% da população brasileira é composta por índios. Mas esse percentual considera apenas os índios que vivem nas aldeias. Há ainda entre 110 e 190 mil que estão vivendo fora das terras indígenas, inclusive em áreas urbanas", disse.

A pesquisa será feita inicialmente em base documental e a partir de entrevistas visando conhecer os projetos que já propõem convivências indígenas, sejam eles regulamentados ou não. "A meta é identificar as necessidades, o potencial para o turismo e apoiar as iniciativas para que sejam viabilizadas de forma sustentável nos aspectos econômico, ambiental e social", ponderou Yêda Assis.

O Roteiro Xingu - localizado na Amazônia mato-grossense, é uma das mais recentes iniciativas voltadas para o turismo indígena. Lançado nacionalmente em março com apoio do Governo de Mato Grosso e do Ministério do Turismo, o projeto propõe a convivência dos turistas com as comunidades Trumai e Waurá, que vivem no Parque Nacional do Xingu.

Para não entrar em conflito com a legislação que proíbe visitas de turistas em reservas indígenas, os idealizadores do projeto construíram em área externa, próxima aos limites do parque nacional, uma aldeia turística onde os índios se revezam no atendimento aos visitantes. Sendo operado comercialmente há apenas 3 meses, o Roteiro Xingu já recebeu turistas nacionais e estrangeiros e foi destaque na imprensa nacional com reportagens publicadas na Revista Época e Jornal Estadão. É também reportagem de capa da última edição - Junho de 2005 - da Revista Viagem e Turismo.

"O Roteiro Xingu está sendo viabilizado agora, mas foram quase dez anos de tentativas até encontrar o formato atual que respeita as leis indígenas e ambientais e cria uma alternativa de renda para os cerca de 600 índios das comunidades Trumai e Waurá", finalizou Yêda Assis

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