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MST e índios fazem refens em MS e MA

O Globo, O Pais, p.4
05 de Mai de 2005

MST e índios fazem reféns em MS e MA

Cerca de dois mil militantes do MST ocuparam ontem o escritório do Incra instalado na Fazenda Itamarati 2, em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai. Segundo o Incra, o grupo mantinha até ontem à noite 11 funcionários do Instituto como reféns. Os chefes do movimento negam, mas, segundo o Incra, os servidores públicos estão retidos numa das 13 casas onde moram as famílias dos técnicos que trabalham no projeto.
No meio da tarde de ontem, o Incra foi informado por um dos coordenadores do assentamento Itamarati 1, Antonio dos Santos, que os sem-terra tinham invadido o escritório e saqueado a despensa do restaurante. A superintendência do Incra registrou queixa na polícia.
Os sem-terra também estão retendo os 14 veículos usados por funcionários do Incra, do Instituto de Desenvolvimento Agrário (Idaterra), da Empresa Energética de Mato Grosso do Sul e da Agência Estadual de Vigilância Sanitária. Segundo o Incra, os servidores desses órgãos também estariam sendo mantidos reféns pelos sem-terra.

No Maranhão, secretário é refém de índios

No Maranhão, o secretário de municipal de Saúde de Arame, Wellington Diniz, continua em poder dos índios guajajaras. Ele foi seqüestrado por 120 índios no fim da tarde de terça-feira, durante uma reunião no pólo base, uma espécie de escritório indígena localizado em Arame. Os índios reivindicam a liberação de R$ 200 mil referentes a quatro parcelas em atraso do convênio com a Fundação Nacional de Saúde e a liberação por parte da prefeitura dos recursos do Programa de Saúde da Família Indígena, também patrocinado pelo governo federal.
O clima é tenso e o prefeito de Arame, João Menezes de Souza (PV), fugiu para São Luís, com medo de ser seqüestrado.

O Globo, 05/05/2005, p. 4

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