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MS já registra 4 conflito por terra, desta vez em Sapucaia

Midiamax - http://www.midiamaxnews.com.br/view.php?mat_id=574546
Autor: Jacqueline Lopes
26 de Nov de 2009

Homens em pelo menos 10 veículos teriam ameaçado ontem por volta das 23 horas indígenas guarani caiuá que entraram em parte da área chamada Kurussu Ambá, perto de Coronel Sapucaia.

De acordo com relato de lideranças da comunidade, no fim da noite de ontem, os dez carros apareceram no acampamento e começaram a atirar para o alto.

Ocorre que na madrugada de 25 de novembro, cerca de 250 indígenas da etnia guarani caiuá entraram na área que fica a 5 quilômetros da Fazenda Madama, onde, durante um despejo em janeiro de 2007, seguranças particulares assassinaram a rezadeira Julite Lopes, de 70 anos. Até hoje, o caso não foi solucionado pela polícia.

Segundo informações dos índios, a comunidade se escondeu no mato e hoje os indígenas ainda procuram pessoas que ficaram perdidas na confusão.

Os guarani pedem que a Funai (Fundação Nacional do Índio) e o MPF (Ministério Público Federal) tomem providências.

Com isso, Mato Grosso do Sul contabiliza a 4ª área em conflito pela disputa de terra este ano. A primeira foi na região de Dois Irmãos do Buriti que envolveu os terena, a segunda na cidade de Paranhos, onde dois professores guarani foram mortos. A terceira em Miranda. Lá, terenas estão na fazenda do ex-governador Pedro Pedrossian.

O governo federal diz que é prioridade resolver os problemas indígenas e promete criar dispositivo legal para indenizar produtores das áreas que serão demarcadas. Enquanto isso, o clima é tenso no Estado.

Morte

A comunidade de Kurussu Ambá vive há 4 anos na beira da rodovia MS-289, que liga Amambaí a Coronel Sapucaia. No local não há água potável e fica na fronteira com o Paraguai.

Em quatro anos, além de Julite, foi assassinado, em julho de 2007 Ortiz Lopes, outra liderança. E, segundo denúncia dos indígenas, em maio de 2009, foi morto também Osvaldo Lopes. Nenhum dos inquérito foram concluídos.

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