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MPMG participa de projeto para preservação da onça-pintada no Parque Estadual do Rio Doce

Ministério Público do Estado de Minas Gerais - https://www.mpmg.mp.br
09 de Jun de 2015

Registro de hábitos da espécie ameaçada é um dos primeiros resultados da parceria

O projeto Carnívoros do Rio Doce, coordenado por pesquisadores da Universidade Federal de São João del Rei (UFSJ), apresenta um de seus primeiros resultados: o registro de hábitos da onça-pintada, espécie ameaçada de extinção. Com o apoio do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o projeto realiza estudos sobre o comportamento de carnívoros silvestres que habitam o Parque Estadual do Rio Doce, na região do Vale do Aço.

O monitoramento é feito por microcâmera instalada no parque, que registra os felinos em seu habitat natural. Um dos vídeos mostra a onça-pintada saindo de determinado local da mata; outro, a chegada da onça parda e sua tentativa de demarcar o território; um terceiro vídeo registra, no mesmo local, a presença de catetos, espécie de porco-do-mato brasileiro que é presa natural dos felinos.

"A atuação do Ministério Público na defesa do meio ambiente não se restringe ao campo jurídico, mas passa também pela execução de projetos relevantes como esse, com foco na preservação da fauna e, principalmente, de espécies ameaçadas", ressalta o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente (Caoma), Carlos Eduardo Ferreira Pinto.

"Com os recursos da parceria com o MPMG, que teve início em 2014, serão realizadas diversas atividades de pesquisa, para diagnosticar problemas relacionados à predação de animais domésticos por onças e desvendar aspectos ecológicos e de saúde que podem afetar a conservação destes felinos na região", explica o coordenador do projeto, professor adjunto da UFSJ Fernando Cesar Cascelli de Azevedo.

Segundo o professor, em outra etapa do trabalho, onças-pintadas e pardas serão capturadas e equipadas com coleiras com dispositivo de GPS, o que possibilitará conhecer como é o dia a dia de cada uma das onças, reunir informações importantes sobre a espécie, sobre a população de felinos do parque e até mesmo particularidades de cada indivíduo.

Cada onça capturada para instalação da coleira será avaliada por um médico veterinário. Exame clínico, hemograma e perfil bioquímico são algumas das ferramentas a serem utilizadas para verificar se os animais estão saudáveis ou doentes. Caso sejam encontrados animais doentes, pesquisas adicionais serão realizadas para buscar as possíveis causas.

Biodiversidade

A Mata Atlântica é o bioma que predomina no Parque Estadual do Rio Doce, que, por sua vez, é o maior remanescente do bioma em Minas Gerais. Com área total de 359,76 km², está situado nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. Na unidade de conservação é possível encontrar espécies ameaçadas de extinção como o mono-carvoeiro, maior primata das Américas, e uma importante população de onças-pintadas.

Crédito da foto: ©iStock.com/Alexander David

Fonte: Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa do Meio Ambiente

https://www.mpmg.mp.br/comunicacao/noticias/mpmg-participa-de-projeto-p…

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