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Mozarildo discorda do fechamento de fronteira

Brasilnorte-Porto Velho-RO
03 de Set de 2002

Senador diz que cabe ao atual governo definir desde já programas de capacitação da Polícia Federal para agir na Amazônia
A idéia defendida pelo candidato José Serra de fechar fronteiras na Amazônia, caso se intensifique o crime de tráfico de drogas na região, é contestada pelo senador Mozarildo Cavalcanti (PFL). Para ele, isso significaria que o país está em estado de deflagração de conflito, o que traduziria uma instabilidade comprometedora do equilíbrio do país e da América do Sul.
- Mesmo sabendo que o peso eleitoral da região amazônica não se compara com o das outras regiões do país, urge que os candidatos se manifestem de modo conseqüente sobre o que pretendem fazer para assegurar a estabilidade e o desenvolvimento desta vasta parcela do território nacional - argumentou Mozarildo.

Na opinião de Mozarildo, cabe ao atual governo definir desde já programas de capacitação da Polícia Federal para agir na região. Ele considera um risco esperar-se que a Amazônia chegue ao estado em que se encontram as principais regiões metropolitanas do país, "nas quais se estabeleceram estados ilegais paralelos ao Estado legal".
No entender do parlamentar, é chegada a hora de o Brasil encetar as ações e políticas necessárias à plena incorporação da Amazônia ao processo de desenvolvimento nacional. Ele disse que o caso é particularmente importante em face da nova postura do governo colombiano no combate à guerrilha e ao narcotráfico.

Mozarildo avalia que as ações militares na Amazônia colombiana poderão resultar em passagem para o território brasileiro de pelo menos uma parte dos que fugirem da repressão do Exército daquele país. Ele também observou que a Amazônia é uma zona altamente permeável à circulação ilegal de bens e pessoas, se o Estado brasileiro não se fizer presente ali de modo eficaz e contínuo. Para que o Brasil se torne atuante na manutenção da ordem e da paz interna, ele considera fundamental não deixar que a Amazônia brasileira se torne um caldeirão de guerrilha e narcotráfico, como já são as Amazônias boliviana e colombiana.

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