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Movimentos sociais e empresas constróem o Fórum Amazônia Sustentável

Envolverde
06 de Nov de 2007

Movimentos sociais e empresas constróem o Fórum Amazônia Sustentável

Por Adalberto Wodianer Marcondes, da Envolverde

A Amazônia é um bem com impactos geopolíticos e ambientais e sociais de magnitude planetária. Esta é a compreensão de representantes de dezenas de organizações não governamentais e empresas que estão reunidos desde esta segunda-feira, em Belém, para construir os consensos necessários para o estabelecimento de diretrizes de sustentabilidade para a maior floresta tropical da Terra. "Temos no máximo 15 anos para chegar a estruturas econômicas capazes de tornar perenes os serviços ambientais que a Amazônia presta ao planeta", disse Ricardo Yung, presidente do Instituto Ethos, uma das organizações que estão apostando na realização do evento. Para ele a ação predatória sobre os recursos da região representam um desfalque contra o futuro: "o dinheiro ganho hoje de forma insustentável será pago com a disseminação da miséria amanhã".

Ainda existe muita desconfiança de parte a parte em relação à possibilidade de empresas e organizações da sociedade civil construírem os diálogos que vão mudar o modelo civilizatório local. No entanto, para as empresas, já há a consciência de que não haverá perenidade sem a incorporação dos valores socioambientais, uma vez que a destruição da Amazônia certamente acarretará em desequilíbrios no clima e nos ecossistemas de toda a América do Sul. Os novos valores que estão sendo buscados já têm alguns atores importantes, como o Instituto Peabiru, dirigido por João Meirelles, autor de diversas obras importantes sobre a Amazônia. Quase todos os projetos desenvolvidos e apoiados pela organização têm a característica de atuar com lideranças locais e construir interfaces entre os processos de produção sustentáveis e o mercado, de forma a valorar as atividades locais.

"Estamos atuando em várias frentes, com comunidades ribeirinhas, indígenas e de pescadores," diz João Meirelles. Para ele a auto-estima destas populações é parte de um processo de "empoderamento" e criação de interlocutores para a construção das pontes necessárias entre os podres econômicos, políticos e sociais.

Até o próximo dia 8, quando será a apresentação formal do Fórum Amazônia Sustentável, com a presença da governadora Ana Julia Carepa, do Pará, um caminho de superação de desconfianças e construção de consensos será percorrido por todas as lideranças presentes. Pai, segundo Ricardo Yung, não conseguir encontrar modelos para o desenvolvimento sustentável na região pode se transformar em uma questão geopolítica global, coom graves impactos em questões até de soberania.

A reunião está sendo organizada pelo Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia, Instituto Ethos, Instituto Socioambiental, GTA - Grupo de Trabalho Amazônico, Foirn, Fundação Vale do Rio Doce, Saúde e Alegria, Avina e Grupo Orsa, com patrocínio da Alcoa, Banco da Amazônia, Fundação Vale do Rio Doce, Grupo Orsa, Petrobras, Natura e Suzano.

(Agência Envolverde)

Envolverde, 06/11/2007

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