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Movimento Comercio Justo leva artesanato do Para para a Italia

GM, Rede Gazeta do Brasil, p.B13
14 de Abr de 2004

Movimento Comércio Justo leva artesanato do Pará para a Itália
O artesanato paraense conquista novos mercados através da participação em feiras e missões realizadas pelo País, levando a brasileiros e estrangeiros o talento de seus artesãos. Na segunda quinzena de abril, será dado um passo significativo para ampliar ainda mais a comercialização dos produtos "made in Pará". Serão embarcadas para a Itália 2.476 peças do artesanato paraense, como peças em cerâmica, balata, sandálias de couro, além de alguns móveis produzidos no Pólo de Madeira e Móveis de Paragominas. As peças serão comercializadas em aproxi-madamente 4.500 oficinas, uma rede de lojas onde são vendidos os produtos denominados "solidários" na Europa. A encomenda foi feita pessoalmente pelo empresário italiano Stefano Zacchi, representante da empresa Ranivala, que integra o movimento Comércio Justo, constituído por parcerias comerciais baseadas na proximidade, na transparência e no respeito entre produtores e consumidores. "O motivo da visita foi conhecer de perto a produção local", disse o empresário que durante três dias esteve em Belém, Icoaraci e no município de Santa Bárbara. Ele acompanhou o processo de fabricação de peças em cerâmica, balata, grafismos, entre outras. Ele pretendia visitar Paragominas para conhecer o Pólo de Madeira e Móveis, que tem a parceria da Câmara de Comércio de Milão, mas devido à distância e o pouco tempo disponível, precisou concentrar as visitas na região metropolitana de Belém. O artesão Darlindo Oliveira recebeu uma encomenda de 175 peças em balata e está produzindo animais diversos, como araras, cobras, peixes, pássaros, além de alguns personagens típicos da região, como o índio na canoa e o cavaleiro. Segundo Alice Cunha, coordenadora do Centro de Resultado de Artesanato de Belém, o Pará recebeu a primeira visita da delegação italiana do Comércio Justo em novembro do ano passado. "Ficamos responsáveis por intermediar as negociações e entre outras coisas, colocamos os italianos em contato com as associações de artesãos", explica a consultora do Sebrae no Pará. Ela informou que foi realizado um encontro entre os membros da delegação e um grupo de artesãos pertencentes à Associação dos Artesão de Brinquedos e Artefatos de Miriti de Abaetetura (Asamab), da AFA, da Cooperativa de Micro Produtores de Artesãos da Área Metropolitana de Belém (Comip), da Cooperativa de Artesãos de Icoaraci (Coart), da Sociedade de Amigos de Icoaraci (Soamir) e do Conselho Superior de Artesãos do Pará (Cosapa), para que os representantes do Comércio Justo explicassem a transação comercial e tirassem as dúvidas sobre como funciona o movimento que congrega organizações exportadoras e importadoras. A missão do movimento Comércio Justo, segundo o empresário italiano, é promover a proteção do meio ambiente, a segurança econômica, utilizando o comércio e a promoção de campanhas de conscientização, primando pela equidade social. kicker: As peças serão vendidas em 4500 lojas de produtos solidários
GM, 14/04/2004, p. B13

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