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Morte de Meireles pode ter sido encomendada

Correio do Povo-Porto Alegre-RS
13 de Out de 2004

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o presidente da Funai, Mercio Pereira Gomes, se reúnem hoje para avaliar as investigações sobre a morte do sertanista Apoena Meireles. Gomes prefere não especular sobre os motivos do assassinato. Ele espera o avanço das investigações, que contam com o trabalho da Polícia Federal. Para muitos funcionários da Funai, porém, é difícil acreditar em latrocínio. Entre os fatos divergentes apontados está o fato do assaltante ter usado uma pistola automática para dar tiros certeiros no peito, na altura do coração, e depois no abdômen de Meireles. Além disso, o assaltante teria esperado um casal que usava o caixa eletrônico ir embora para atacar o sertanista. Eles também acham curioso o fato de o delegado local ter afirmado logo depois do crime que Meireles havia sido vítima de assalto. Segundo a Polícia de Rondônia, as fitas de vídeo do assalto foram entregues à Polícia Federal, mas a qualidade das imagens não seria boa.
O ex-presidente da Funai foi sepultado às 11h de ontem no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, zona norte do Rio de Janeiro. Mais de cem pessoas acompanharam o caixão coberto com bandeiras da Funai e do Flamengo e adereços indígenas. Meireles e seu pai foram os primeiros brancos a fazer contato com os índios cinta'larga.

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