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Moradores do extremo Sul do Amapá buscam reconhecimento de 19 áreas como quilombos

https://g1.globo.com/ap/amapa
Autor: Núbia Pacheco
10 de Ago de 2021

No extremo Sul do Amapá, 19 comunidades se declaram como remanescentes de quilombos e buscam em 2021 o reconhecimento oficial dessa condição. Caso a região consiga a certificação da Fundação Cultural Palmares, os moradores irão compor a maior região de quilombos do estado.

As localidades ficam nos municípios vizinhos de Laranjal do Jari e Vitória do Jari. A região foi visitada em julho pela Secretaria Extraordinária de Políticas para Afrodescendentes (Seafro), que fez o mapeamento da região.

O titular da entidade, Joel Borges, informou que foram reunidas todas as documentações necessárias, incluindo atas de reuniões e relatórios fotográficos, para encaminhar à fundação federal.

"A certificação é a legitimação. Estamos dialogando com a Fundação Palmares no sentido de agilizar esses processos e consolidar a criação do que será o nosso maior território quilombola", detalhou Borges.

Atualmente, a maior região de quilombo do Amapá compreende 5 comunidades localizadas no município de Mazagão, a 32 quilômetros de Macapá.

As comunidades quilombolas são grupos com identidade cultural formada a partir de um processo histórico que remete aos tempos de escravidão no Brasil.

Estas localidades buscam manter vivas as tradições, costumes e crenças trazidos pelos antepassados africanos ao país como forma de resistência.

No Amapá, existem cerca de 40 comunidades quilombolas reconhecidas atualmente. Entre as localidades, recebe destaque o quilombo do Curiaú, em Macapá, que, através das belezas naturais, se tornou um dos pontos turísticos mais visitados do estado.

A Fundação Cultural Palmares foi criada em 22 de agosto de 1988 por meio de lei federal com o objetivo de "promover a preservação dos valores culturais, sociais e econômicos decorrentes da influência negra na formação da sociedade brasileira".

Já o processo de titulação de comunidades remanescentes de quilombos através de certificação garante o território para estas populações, além de proporcionar o acesso a políticas públicas que viabilizam a garantia do direito a cidadania, identidade, memória, preservação das manifestações culturais, acesso à educação, melhorias sanitárias, oportunidades de emprego, entro outros.

Fonte: https://g1.globo.com/ap/amapa/natureza/amazonia/noticia/2021/08/10/mora…

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