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Autor: Andrezza Trajano
28 de Jan de 2012
O chefe do Comando Militar da Amazônia, general Eduardo Dias da Costa Villas Boas, disse à Folha que em até dez anos o Exército Brasileiro implantará o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron), na Amazônia. O projeto está orçado em R$ 10 bilhões.
"São 11 mil quilômetros de fronteira, com uma característica geográfica muito difícil. Hoje, os problemas mais sérios são questões de segurança urbana nos grandes centros, onde todos esses problemas passam pelas fronteiras, como o narcotráfico, contrabando e a biopirataria", justificou.
A alternativa para mudar esse cenário será feita com tecnologia. O Sisfron está na fase de concepção e logo entrará em processo de definições e detalhamentos. "Esse sistema prevê a construção de novos pelotões de fronteira, para que em todos eles sejam instalados sensores, radares, sistema de vigilância, veículos aéreos não tripulados, que nos dará capacidade muito superior de fazer fiscalização na fronteira", disse.
O Sisfron esta
O centro principal de comando será em Manaus, mas brigadas e batalhões também terão seus centros de comando. "É um projeto grande, que tem instalação prevista para ocorrer em dez anos, de uma tecnologia avançada, que privilegiará a indústria nacional", ressaltou.
O comandante do CMA destacou a posição geográfica do Estado, que faz fronteira com a Venezuela e Guiana. "Temos uma área extremamente sensível em razão de nossos vizinhos. Tive notícia que será asfaltada uma rodovia na Guiana, de Lethem a Linden, o que trará enormes benefícios, mas também todos os problemas decorrentes do impacto social. Ainda temos a questão das terras indígenas, o apoio aos índios e a preservação do meio ambiente", observou.
Roraima terá mais seis pelotões
Conforme a Estratégia de Defesa Nacional, está prevista a instalação de seis novos Pelotões Especiais de Fronteira (PEFs) em Roraima dentro e fora de terras indígenas. Atualmente já existem seis unidades no Estado, localizadas em pontos estratégicos para a manutenção da soberania brasileira.
Na Raposa Serra do Sol, ao norte do Estado, estão previstos dois pelotões, sendo um na comunidade do Contão e um na Serra do Sol, em Uiramutã, além de outro na terra indígena Jacamim, na região da Serra da Lua, em Bonfim. Essas áreas fazem fronteira com a Guiana, a nordeste de Roraima.
Na reserva Yanomami serão construídos um em Ericó e outro em Uaicás, regiões que fazem fronteira com a Venezuela, ao norte. Fora das terras indígenas, mas ainda dentro da faixa de fronteira, será construído um PEF na região de Entre Rios, sul do Estado.
1ª Brigada tem novo comandante
General José Luiz Jaborandy assumiu o comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva
O general-de-brigada Franklimberg Ribeiro de Freitas deixou ontem o comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva para chefiar o Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus (AM). No lugar dele assumiu o também general José Luiz Jaborandy, que até então desempenhava o cargo de chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste, em Recife (PE).
A cerimônia de passagem de comando foi presidida pelo comandante do CMA, general-de-Exército Eduardo Dias da Costa Villas Boas, e contou com a presença do ministro do Superior Tribunal Militar, general Luis Carlos Gomes de Mattos, e diversas autoridades do Estado.
O general-de-brigada Franklimberg Ribeiro de Freitas deixou ontem o comando da 1ª Brigada de Infantaria de Selva para chefiar o Centro de Operações do Comando Militar da Amazônia (CMA), em Manaus (AM). No lugar dele assumiu o também general José Luiz Jaborandy, que até então desempenhava o cargo de chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Nordeste, em Recife (PE).
A cerimônia de passagem de comando foi presidida pelo comandante do CMA, general-de-Exército Eduardo Dias da Costa Villas Boas, e contou com a presença do ministro do Superior Tribunal Militar, general Luis Carlos Gomes de Mattos, e diversas autoridades do Estado.
"Tive uma grande satisfação profissional, aprendi muito. Quero destacar a importância de Roraima na faixa de fronteira. Temos aqui uma diversidade de atividades, convivência fraterna com nossos irmãos indígenas e todo esse trabalho de vigilância da fronteira", ressaltou o general Franklimberg, que também agradeceu aos familiares, amigos e companheiros de trabalho.
Mas o general não ficará longe, a função que irá desenvolver terá papel importante no Estado. "Estarei no gerenciamento das operações que serão realizadas aqui em Roraima", disse.
Presente a solenidade, o governador Anchieta Júnior (PSDB) enalteceu o trabalho do militar. "Sempre buscamos trabalhar de forma harmônica com as forças militares. O general Franklimberg sempre colocou a sua tropa para nos ajudar em momentos de crise e também com ações sociais que beneficiaram em especial as comunidades indígenas e do interior", observou ele, ao agradecer o apoio do general em ações do governo estadual, como o Mutirão da Cidadania.
O tuxaua Amazonas Macuxi, da comunidade Nova Vida, na terra indígena Raposa Serra do Sol, também fez questão de comparecer ao evento para despedir-se do general Franklimberg e dar as boas-vindas ao general Jaborandy.
"O general Franklimberg é um amigo da gente. Sempre nos ajudou quando precisamos. Queremos desejar sucesso em sua nova função e receber de braços abertos o novo comandante da Brigada", disse.
Para seu sucessor, general Jaborandy, a ideia é dar continuidade aos trabalhos desenvolvidos. "Espero dar continuidade a esse grande trabalho realizado pelo general Franklimberg", disse, destacando as novas experiências que estão por vir e o contato com os indígenas, com quem pretende estreitar os laços de amizade.
O general José Luiz Jaborandy é cearense, casado e pai de três filhos. Ele está há 38 anos servindo à Pátria. A 1ª Brigada de Infantaria de Selva conta com oito unidades militares e mais de 3 mil soldados.
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