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Monitoramento controla desmatamento na Flona do Tapajós

Ibama
27 de Jun de 2003

A implantação do Sistema de Informação Geográfica (SIG), está permitindo a detecção de focos de calor, desmatamentos, queimadas e o desenvolvimento de estratégias de fiscalização na Floresta Nacional do Tapajós, em Santarém, no Pará.Trata-se de um conjunto de equipamentos de informática, que permite processar imagens de satélite.

De posse dessa ferramenta é possível comparar todas as áreas desmatadas, anualmente, dentro da Flona e elaborar com mais eficiência o planejamento das atividades de proteção ambiental da unidade."O SIG é um equipamento de última geração", afirma o coordenador de Monitoramento, Controle e Fiscalização da Flona, Daniel Cohenca. Para sua melhor utilização, Daniel continua recebendo treinamento em Brasília e Manaus, uma vez que o Ibama de Santarém é pioneiro na utilização desse sistema.

Segundo o chefe da Flona, Ângelo de Lima Francisco, depois que o equipamento estiver funcionando a todo vapor e o responsável pela Coordenadoria tiver apto a operar todos os aparelhos, será possível prever com antecedência qual a área de desmatamento, qual a estratégia de fiscalização e detectar os focos de calor para prever queimadas. "Estas são atividades que chamamos de fiscalização preventiva. Será possível prever o que vai acontecer em função da precisão das informações obtidas via satélite", explica.

Apesar de sua recente criação, o Sistema de Monitoramento já ajudou a detectar esta semana uma área desmatada sem autorização, o que levou os fiscais do Ibama a autuarem o proprietário. O SIG possui um banco de dados que é alimentado constantemente com informações das autorizações de desmatamento emitidas às comunidades da Flona, tanto em capoeiras como em floresta nativa. Dessa forma o sistema acumula uma imagem mais completa da floresta e permitirá saber, a cada ano, qual o impacto que está ocorrendo como derrubadas e extrações madeireiras.

Comunidades da Flona do Tapajós recebem visita de sensibilização

Terminou nesta semana a visita de sensibilização feita às comunidades da Floresta Nacional do Tapajós pelos técnicos do Ibama. O trabalho faz parte do programa para a efetivação do Plano de Manejo da Flona. A metodologia do Plano foi apresentada no dia 13 de junho, numa Audiência Pública, em Santarém, que contou com a presença de aproximadamente 200 pessoas, entre representantes de organismos públicos, ambientalistas, entidades da sociedade organizada, ONG's, estudantes e das comunidades locais.

A segunda fase do trabalho terá início a partir de sete de julho e consiste na formação de quatro equipes de serviço que participarão do trabalho de campo nas 24 comunidades da Flona e do entorno. As equipes serão formadas por consultores, técnicos do Ibama e estagiários das universidades locais, que farão curso de capacitação nos dias quatro a seis de julho, em Alter-do-Chão (PA).

A partir do treinamento as equipes visitam as comunidades para fazer um Diagnóstico Rural Participativo (DRP), que consiste na coleta de informações junto as comunidades. Durante as visitas os comunitários informarão sobre diversos assuntos que envolvem a floresta e darão sugestões de como deve ser o processo de gestão da Flona, o que caracteriza o envolvimento das comunidades no processo da construção do Plano de Manejo.
(-Ibama-Brasília-DF-27/06/03)

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