O paraense-Belém-PA
25 de Fev de 2002
Ministério Público detectou uma quadrilha especializada em roubar mogno. Ibama trata de guardar a madeira para evitar os criminosos
O Ibama resgatou, no oeste do Pará, em Altamira, cerca de 20 mil metros cúbicos de mogno. A operação, coordenada pelo chefe de fiscalização nacional do Ibama, José Leland Barroso, foi considerada a maior apreensão de mogno feita pelo Ibama nos últimos anos. O valor da madeira foi calculado em R$ 60 milhões. O mogno estava armazenado nas Fazendas Juvilândia, Humaitá e Monte Alegre, às margens do rio Iriri. As toras foram amarradas com ajuda do exército e da PM e estão sendo transportadas pelo rio Xingu. Devem chegar em Altamira em Março, para ficar armazenadas em uma enseada do rio, na frente do Quartel do Exército. O governo pretende doar a madeira ao Programa Comunidade Solidária para a construção de casas populares. Segundo o Ministério Público e as autoridades ambientais, a madeira confiscada pertencia à chamada máfia do mogno, organização criminosa especializada em extrair ilegalmente o mogno das florestas paraenses. Para a operação o Ibama tem apoio do Batalhão de Infantaria de Selva, do Exército e do Batalhão Florestal da Polícia Militar.
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