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MMA libera R$ 2,37 milhões para mapeamento de biomas

O Rio Branco-Rio Branco-AC
09 de Mai de 2004

Um estudo do Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira (Probio) permitirá que o Brasil possua, até setembro de 2005, um levantamento detalhado dos remanescentes da cobertura vegetal em cada um de seus seis biomas brasileiros: Amazônia, Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pantanal e Campos Sulinos.

Serão aplicados recursos da ordem de R$ 2,37 milhões. O trabalho, inédito, fornecerá instrumentos para formulação de políticas públicas e utilização sustentável da biodiversidade do país.

A iniciativa irá apoiar instituições de pesquisa brasileiras, públicas e privadas, que tenham excelência em mapeamento de cobertura vegetal, na realização de um diagnóstico de todo o território brasileiro. O Ministério do Meio Ambiente (MMA) já possui alguns mapeamentos parciais para a Amazônia e Mata Atlântica.

Os mapas utilizam metodologias diferenciadas, dificultando análises comparativas. Há uma grande diferença, também, em termos de qualidade e quantidade de informações sobre os diferentes biomas. A maior quantidade de dados é sobre a Amazônia e a Mata Atlântica, os únicos com programas permanentes de monitoramento da evolução da cobertura vegetal. O mapeamento encomendado pelo MMA será da totalidade dos biomas e exige a utilização da mesma metodologia por todas as instituições contratadas.

O Cerrado, o segundo maior bioma brasileiro, é um dos mais ameaçados do mundo e tem somente 0,85% de sua área em unidades de conservação. Entretanto, as pesquisas atuais não deixam claro qual percentual de sua cobertura original está alterado, seja pela criação de cidades ou aumento de área para a agricultura. O bioma Mata Atlântica, considerado o mais ameaçado de todos, com apenas 7,3% da sua cobertura original, tem 0,69% de áreas especialmente protegidas. A Caatinga, por sua vez, possui apenas 0,65% de sua área em unidades de conservação. O mapeamento total das áreas remanescentes permitirá melhor identificação de áreas prioritárias para criação de unidades de conservação e, também, apontar utilização diferente da atual para algumas áreas.

Poderão enviar propostas instituições com atuação na área de meio ambiente pertencentes à administração pública federal, direta ou indireta; instituições públicas ou privadas de ensino e pesquisa sem fins lucrativos; fundações não governamentais, fundações de apoio à pesquisa e fundações de apoio às universidades; instituições privadas brasileiras, sem fins lucrativos, identificadas como Organização Não Governamental (ONG) ou Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) que possuam no mínimo vinte e quatro meses de existência legal. Será permitida a formação de parcerias para execução do projeto. O MMA receberá propostas até 16 de junho e os resultados serão divulgados em 02 de julho.

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