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17 de Abr de 2009
Foi instituído ontem (16) via Diário Oficial da União um "grupo de trabalho" para propor "aprimoramentos" ao decreto de junho de 2006 que criou o Parque Nacional dos Campos Amazônicos. Alguns ajustes são necessários, reconhecem técnicos da área, pois seu desenho é muito recortado.
Do time participa o Ministério de Minas e Enegia. Nada como a "transversalidade" que tanto pregava Marina Silva, afinal, o grupo deve atuar "considerando a necessidade de conciliar os interesses da conservação e da produção de energia". Traduzindo o rame-rame oficialesco, melhorar os limites da unidade de conservação pode implicar em perda de área para construção da Usina Hidrelétrica Tabajara. No entanto, a criação do "GT" não o vincula a um empreendimento específico, e o governo está avaliando o potencial para geração de energia no Rio Roosevelt, também dentro do parque.
Tal medida, além de ser péssima para os Campos Amazônicos, pode abrir precedente para outras áreas protegidas na mira do velho modelo de desenvolvimento tupiniquim. O lago de Tabajara pode inundar cerca de 13 mil hectares de vegetação nativa, incluindo um dos trechos mais preservados daquele jovem parque nacional. A obra está inserida no PAC e prevê gerar apenas 350 MW de energia.
O grupo de trabalho foi instituído por Rômulo Mello, presidene do Instituto Chico Mendes.
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