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Ministro da Justiça chega hoje a RR

Folha de Boa Vista-Boa Vista-RR
Autor: MARILENA FREITAS
10 de Jun de 2003

O ministro da Justiça, Mário Thomaz Bastos chegará esta tarde em Boa Vista

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, chegará às 15h30 de hoje a Roraima em avião da Força Área Brasileira (FAB), no aeroporto da Base Aérea de Boa Vista. O ministro vem conhecer a realidade do Estado que envolve a questão indígena. Ele conhecerá comunidades indígenas e áreas produtivas e ouvirá entidades ligadas à causa indígena e à sociedade civil não-índia.

Consta na agenda do ministro uma vasta programação que vai de hoje até quinta-feira. Em Boa Vista, ele se reunirá hoje, às 16 horas, na Assembléia Legislativa com a classe política do Estado, governador, prefeitos, deputados estaduais e federais, senadores e vereadores.

Depois dessa audiência, juntamente com a comitiva integrada por 18 pessoas, Thomaz Bastos jantará com o governador Flamarion Portela (PL) no Palácio Senador Hélio Campos. Pernoitará em Boa Vista, no hotel Aipana Plaza e amanhã viajará para o norte do Estado.

Thomaz Bastos vai conhecer de perto a realidade de índios e não-índios. Ele embarca às 7h30 de quarta-feira para a reserva Raposa e Serra do Sol. Até às 9h está certo um sobrevôo sobre a Vila Surumu e lavouras de arroz, Serra de Pacaraima e Vila Água Fria.

No município de mesmo nome, visitará a comunidade de Uiramutã, da qual Orlando Pereira é tuxaua. Conforme a agenda, a comitiva embarca às 12h, faz um sobrevôo na Vila do Socó. A próxima parada, prevista para as 12h20, será na comunidade do Maturuca.

Essa maloca é conhecida como o quartel general dos índios ligados ao Conselho Indígena de Roraima (CIR). Lá, a entidade pretende reunir mais de cinco mil índios e fazer uma grande recepção à comitiva.

O almoço no Maturuca deverá ser servido às 12h40 e após, por volta das 14h, começa a reunião com lideranças indígenas da Raposa e Serra do Sol. Durante a audiência, serão entregues ao ministro documentos que traçam a geografia da área.
Nesses documentos, os índios justificam o motivo de insistirem pela homologação em área contínua. Entre os documentos está o levantamento nominal de quantos índios e não-índios vivem nas vilas e adjacências de Uiramutã. Os números refletem os conflitos que resultaram em vítimas fatais por causa da terra.

O objetivo é expor que o tamanho da área povoada por não-índios é insignificante, segundo o Cir, para o desenvolvimento do Estado. Além disso, vão entregar vídeos documentários sobre a região. Essa audiência vai até às 19 horas. A comitiva pernoitará na Missão Católica Maturuca. Os trabalhos devem encerrar com início do jantar, previsto para as 20 horas.

No dia seguinte, após o café da manhã, que será animado com uma apresentação da dança tradicional dos índios macuxi, o ministro embarcará às 7h30 com destino a Boa Vista. Antes fará um sobrevôo sobre a Vila do Mutum e balsas de garimpo que estão sobre o rio Mau.

De 8h às 8h30 haverá uma visita às comunidades da Raposa e do Contão. Na agenda está previsto um sobrevôo sobre as lavouras de arroz localizadas no Baixo Cotingo. A chegada em Boa Vista está marcada para as 11 horas.
Na Capital, no horário de 12 às 14h30, o ministro almoça e se reúne com 118 professores Yanomami e organizações indígenas e indigenistas, na Casa Paulo VI, bairro Calungá. Na agenda consta também um encontro às 15h com o conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

O encontro com a sociedade civil está agendado para as 15h30, mas não consta o local. O ministro e a comitiva embarcarão com destino a Brasília às 20h.
COMITIVA - Entre os 18 membros da comitiva do ministro estão o presidente da Funai (Fundação Nacional do Índio), Eduardo Almeida, o antropólogo Paulo Santilli, responsável pelo laudo técnico sobre a demarcação da área pretendida a ser homologada, o coordenador do Departamento de Polícia Federal, Waldinho Jacinto Caetano e a procuradora do Ministério Público Federal, Ela Wiecko Volkmer de Castilho.

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