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Ministra condena uso criminoso de terras públicas na Amazônia

Agência Brasil-Brsília-DF
01 de Set de 2003

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, informou há pouco que a "premissa fundamental" da política integrada do Governo Federal com relação ao desmatamento na Amazônia, cujos trabalhos interministeriais encontram-se "praticamente na fase de conclusão", será a promoção de um "ordenamento territorial para evitar o uso criminoso de terras públicas que muitas vezes são griladas, em prejuízo da União, dos Estados e, principalmente, da sociedade brasileira".
Em entrevista na estréia do programa 'Revista Amazônia', que vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 8h, nas Ondas Curtas da Rádio Nacional da Amazônia, hoje comemorando 26 anos, a ministra disse ainda considerar "perfeitamente adequada" a postura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de criar um espaço de Governo nos grupos interministeriais envolvidos na questão do Meio Ambiente. Ela assegurou que todos estão trabalhando integrados "para evitar que as decisões não sejam geradoras, de uma forma exacerbada, como vinha sendo feito, de ações de alto impacto que promovem a devastação ambiental e problemas sociais gravíssimos".
O trabalho integrado entre os diversos Ministérios, segundo a Ministra, "não é algo que seja de fácil solução e por isso representa um desafio que foi colocado na mesa". Ela acrescentou que todos estão trabalhando para que se possa ter, cada vez mais, "outras formas de ocupação e utilização dos recursos naturais, que sejam sustentáveis e valorizem, ao mesmo tempo, a geração de renda e a inclusão social". E adiantou que os resultados serão usados nas políticas públicas que o Governo brasileiro está traçando com o objetivo de combater o desmatamento e promover o desenvolvimento sustentável.
Em breve, informou a ministra, serão criados mais 18 milhões de hectares de Áreas de Proteção Ambiental [APAs], dos quais 9 milhões serão destinados para o uso sustentável, inclusive reservas extrativistas, e o restante será de proteção integral. Os recursos, mais de US$ 80 milhões, virão de doadores internacionais e serão administrados pela Secretaria da Amazônia , do Ministério do Meio Ambiente. "Tudo será feito numa perspectiva socioambiental", garantiu.
Marina Silva, que lembrou ser ouvinte da Rádio Nacional da Amazônia 'lá na colônia onde a gente morava no Acre, no Seringal da Garça', disse considerar a emissora da Radiobrás 'um instrumento fundamental para o desenvolvimento de uma comunicação voltada para as populações mais isoladas".
Sobre o 'Revista Amazônia', a ministra afirmou: "Quero que neste novo programa as pessoas possam colocar as falas, entendimentos, demandas e idéias com relação aos problemas e quais as soluções que estão sendo criadas. Inclusive, acho que ele será importante para o meu trabalho de dialogar com as pessoas sobre as prioridades do Governo do Presidente Lula com relação às comunidades de extrativistas, quebradeiras de coco, seringueiros, açaizeiros e coletores de castanha, essa turma querida que dá uma contribuição muito importante para o nosso País e nossas raizes culturais".

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