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Ministra adverte madeireiros ilegais que desmatam floresta amazônica no Pará

Viaecológica-Brasília-DF
31 de Ago de 2004

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, deu um recado aos madeirieros do Pará que estão ajudando a destruir a orla da floresta amazônica com exploração ilegal, frequentemente denunciados por organizações não-governamentais ambientalistas: a exploração madeireira na região de Itaituba, no oeste do estado, deve obedecer à legislação e ser realizada em áreas privadas, em assentamentos e em florestas nacionais, com planos de manejo aprovados pelos órgãos ambientais, e ainda em áreas com até 2,5 mil hectares, desde que os planos de manejo tenham sido protocolados até agosto de 2003. Ministério do Meio Ambiente, Ibama e Incra deverão a agilizar as vistorias e verificar quais planos poderão ser aprovados. Essas foram as alternativas apresentadas a um grupo de mais de 20 madeireiros e representantes de sindicatos e de associações de produtores florestais da região reunidos ontem (30), em Brasília (DF). De acordo com os produtores, a economia local estaria comprometida pela falta de madeira, o que seria causado pela fiscalização, falta de autorizações para corte e problemas na regularização fundiária, da posse da terra. "Qualquer outra hipótese nos forçaria a agir fora da lei. Nenhum ministério ou organismo de governo dará abrigo à ilegalidade", disse a ministra Marina Silva. Segundo a ministra, que participou da reunião com os madeireiros, os órgãos ambientais não podem criar falsas expectativas frente à exploração florestal no Brasil. De acordo com sua assessia de imprensa, a ministra entende que o país sofre com um processo histórico de exploração insustentável de seus recursos naturais, mas o atual governo está trabalhando para reverter essa situação. Para tanto, programas estão sendo implementados para que se tenham "soluções estruturantes", de longo prazo. "Temos que cuidar de nossos interesses estratégicos e produzir com sustentabilidade, evitando, por exemplo, as chamadas barreiras não tarifárias. Também devemos conscientizar a população para comprar de quem produz com respeito ao meio ambiente", disse. O recado foi entendido como uma advertência, segundo ambientalistas envolvidos com a luta anti-desmatamento da floresta, pois o próximo passo deve ser aumentar a fiscalização do Ibama e da Polícia Federal.(Veja também www.mma.gov.br, www.ibama.gov.br, www.gta.org.br, www.incra.gov.br, www.mst.org.br,www.dpf.gov.br, www.amazonia.org.br, www.greenpeace.org.br).

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