Ministério Público do Trabalho doa 7 veículos à Funasa

DOURADOS - A Fundação Nacional da Saúde de Dourados (Funasa), órgão regulamentador que trabalha com a saúde indígena, recebeu na tarde de ontem sete veículos zero quilômetro do Ministério Público Federal do Trabalho. A entrega dos automóveis - quatro Kombi e três Fiat Uno - foi feita pelo procurador Hiran Sebastião Meneghelli Filho.

A solenidade de entrega foi realizada com a presença do coordenador regional da Funasa, Flávio Brito, e do chefe do pólo-base de Dourados, Donizete de Araújo. "Desenvolvemos um grande trabalho com a população indígena de Mato Grosso do Sul, essa doação veio num momento oportuno ao pólo de Dourados", disse Flávio Brito. Ele ressalta que essa benfeitoria do Ministério Público Federal é inédita.

A doação dos veículos são provenientes do não cumprimento de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) de uma empresa do setor agrícola, com sede em Rio Brilhante e filiais em várias cidades de Mato Grosso do Sul. A ação foi protocolada em uma filial de Nova Andradina. O acordo do procurador Hiran Sebastião Filho com a empresa foi firmada porque ela não cumpria com a Norma Regulamentadora 2124, de segurança e saúde do trabalhador. O TAC estabeleceu que a empresa deveria oferecer aos funcionários o alojamento, condições higiênicas de trabalho, segurança, entre outros.
O não cumprimento do TAC resultou na doação dos veículos. Segundo o coordenador da Funasa, Donizete de Araújo, o órgão dispõe de 22 automóveis, suficientes para atender as aldeias, no entanto, parte da frota é muito antiga e estão em má conservação. "Esses novos carros vão substituir aqueles que só vivem no concerto", comenta Donizete.

Ele disse que a Funasa atende as aldeias Jaguapiru, Bororó e Panambizinho de Dourados, a Panambi de Douradina, além de nove assentamentos, sendo que dois são de Rio Brilhante.

Os novos veículos vão auxiliar no atendimento que a Funasa oferece nas aldeias. Flávio Brito explica que as Kombi, por exemplo, serão utilizadas para transportar a equipe multiprofissional de saúde até as aldeias, como também para levar os índios aos hospitais. Já os veículos pequenos serão utilizados para o trabalho de "busca ativa", que atua na ação preventiva da saúde indígena, para detectar problemas nas aldeias, com a participação de assistentes sociais, nutricionistas, enfermeiros, médicos.