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Ministério eleva risco de faltar energia para o teto do tolerável

FSP, Mercado, p. B1
06 de Nov de 2014

Ministério eleva risco de faltar energia para o teto do tolerável
Nota do MME aponta risco de 5%, máximo tolerado, de faltar luz no Sudeste/Centro-Oeste
ONS nega possível apagão durante o verão; órgão diz que chuvas serão suficientes para manter o sistema

Machado da Costa de São Paulo Júlia Borba de Brasília

O Ministério de Minas e Energia (MME) aumentou, nesta quarta-feira (5), suas previsões para o risco de desabastecimento de energia no ano que vem. O índice referente à região Sudeste/Centro-Oeste subiu de 4,7% para 5%, o limite máximo tolerado pelo órgão.
Após reunião do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), encontro que reúne as principais autoridades do setor dentro do governo, o MME divulgou uma nota em que diz que pode ser necessária "a adoção de medidas adicionais àquelas normalmente praticadas, como a estratégia que vem sendo adotada, em 2014, para preservação dos reservatórios".
O Comitê não exemplificou quais seriam essas medidas.
Entretanto, neste ano vem sendo reforçado o uso de usinas térmicas, acionadas em sua capacidade máxima ao longo de todos os meses.

APAGÃO NO VERÃO
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) também tem alertado geradores e distribuidores de energia sobre os riscos de haver cortes seletivos de luz no verão, se a crise do sistema se agravar.
A medida, revelada pela Folha nesta quarta (5), seria necessária para manter os reservatórios em níveis adequados para garantir o abastecimento de energia nos grandes centros urbanos durante os horários de pico.
Luiz Fernando Vianna, presidente da Apine, associação que reúne os geradores privados, afirma que o ONS demonstrou preocupação com o assunto nas últimas três reuniões com o setor.
João Carlos Mello, presidente da comercializadora Thymos, também ouviu o alerta. Ele diz que a medida poderia se fazer necessária para que as hidrelétricas tenham capacidade para manter o fornecimento de luz entre janeiro e fevereiro, meses com maior demanda de energia.
Em nota publicada nesta quarta (5), porém, o ONS afirmou que não há risco de apagão e que não cogita cortes seletivos de energia para garantir o fornecimento nos horários de pico no verão.
Segundo o órgão, essa possibilidade não corresponde aos resultados dos estudos do Programa Mensal de Operação do mês de novembro.
Segundo a nota, assinada por Hermes Chipp, diretor-geral do ONS, apesar dos níveis baixos dos reservatórios no Sudeste/Centro-Oeste e no Nordeste, "o período chuvoso está se iniciando dentro da normalidade". Os reservatórios do Sudeste estão em 18,03%, menor nível dos últimos 20 anos.

FSP, 06/11/2014, Mercado, p. B1

http://www1.folha.uol.com.br/fsp/mercado/194232-ministerio-eleva-risco-…

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