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Militares e paramilitares voltam a ameaçar com violência comunidades indígenas

Adital - http://site.adital.com.br
12 de Fev de 2014

O grupo paramilitar Águias Negras voltou a espalhar ameaças na Colômbia. Dessa vez os alvos são comunidades negras, campesinas, indígenas e integrantes de ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos no departamento do Vale de Cauca, setores de Dagua e Buenaventura. No panfleto que contém as ameaças, o grupo paramilitar deixa claro que a sentença se cumpriria nos próximos dias.

Segundo a Comissão Intereclesial de Justiça e Paz as ameaças estão sendo feitas por todas as ruas e bairros de Buenaventura. Os paramilitares desprezam o trabalho do movimento social e de direitos humanos e o associa à desordem social.

Diante dessa grave crise de direitos humanos e de caráter humanitário que a região de Buenaventura enfrenta desde o ano 2000, a Comissão Intereclesial pede às autoridades medidas que ultrapassem as respostas repressivas, mas sim que possam provocar um desmonte institucional da mentalidade e da lógica paramilitar; a intervenção ante a cumplicidade com operações criminosas de autoridades civis; a centralização da investigação judicial em Bogotá; e o fim das atividades empresariais privadas que desrespeitam os direitos das comunidades e estão promovendo violações de direitos humanos e ambientais.

Já no município de Villagarzón, no departamento colombiano de Putumayo, as ameaças e intimidações estão vindo dos militares da Brigada Móvel 13, As vítimas são os indígenas Nasa, que estão sendo perseguidos por resistirem à militarização do Resguardo Nasa Jerusalén San Luis Alto Picudito.

Os militares exigem o fim da mobilização indígena que estava sendo realizada pelas autoridades Nasa e a retirada de todos que moram no território. Mesmo com a resistência da comunidade indígena, há oito dias, o Resguardo Nasa Jerusalén San Luis Alto Picudito foi ocupado e militarizado por mais de 200 soldados da Brigada Móvel 13, ligada à 4ª Divisão do Exército. Desde então, os militares estão acampados ao lado das casas da comunidade Nasa.

A guarda indígena ainda fez uma tentativa de pedir a retirada pacífica dos soldados, que se comprometeram a sair, mas não cumpriram o acordo.

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