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Mesa redonda discute Rede Cegonha no Abril da Saúde Indígena

Sesai - http://portal.saude.gov.br/
20 de Abr de 2011

Na tarde de hoje (20), uma mesa redonda realizada durante o Abril da Saúde Indígena reuniu chefes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (Dseis), representantes de organizações indígenas e profissionais de saúde para discutir a Rede Cegonha Indígena. O programa, que foi lançado ontem (19) pelo ministro da Saúde Alexandre Padilha, em Brasília, prevê ações estratégicas que vão aumentar o acesso e qualificar a assistência das mulheres e crianças indígenas antes, durante e após o parto.

Técnicos da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) apresentaram os detalhes do programa aos participantes, e juntos, iniciaram um mapeamento da situação da saúde materna e infantil em cada um dos 34 Dseis. A orientação é para que os profissionais de saúde que trabalham na sede dos distritos e nas aldeias fiquem atentos às especificidades de cada grupo, principalmente quanto à gravidez e ao nascimento.

"Entender como as mulheres de cada etnia se comportam em relação à gestação e o parto é fundamental para o sucesso do programa", afirmou Núbia Melo, técnica da Coordenação da Atenção Primária do Departamento de Atenção à Saúde Indígena (Dasi). Ela acrescentou, ainda, que na Rede Cegonha indígena o trabalho dos profissionais de saúde será feito em conjunto com as parteiras e lideranças espirituais indígenas.

Rede Cegonha Indígena

As medidas previstas nesta rede buscam garantir às mulheres indígenas acesso ao planejamento reprodutivo, observando as especificidades étnicas e culturais. Entre as estratégias do programa, está a qualificação do pré-natal intercultural, por meio da capacitação de profissionais, parteiras e cuidadores das medicinas tradicionais. Além disso, a realização testes de hepatite B, HIV, sífilis e profilaxia de prevenção para mulheres e recém-nascidos e, caso necessário, atendimento especializado nas gestações de risco.

A meta é levar as ações inseridas na Rede Cegonha Indígena a toda essa população beneficiando mulheres em idade reprodutiva, na faixa de 10 a 49 anos, e crianças de até dois anos de idade (184,8 mil mulheres e 33 mil crianças). Inicialmente, o cronograma de implantação da rede priorizará as regiões da Amazônia Legal e Nordeste - que têm os mais altos índices de mortalidade materna e infantil - e as regiões metropolitanas de Belo Horizonte (MG), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR) e Campinas (SP).

Desde a descoberta da gravidez até o parto, as gestantes indígenas terão acompanhamento das equipes de saúde. Caso seja necessário, as grávidas serão encaminhadas aos postos de saúde mais próximos das aldeias para realização de exames, sempre com o acompanhando de um profissional da saúde indígena.

A Rede Cegonha também prevê a qualificação dos profissionais de saúde que darão a assistência adequada às gestantes e aos bebês. Serão capacitados os profissionais que atuam tanto na atenção primária, como em serviços de urgências obstétricas. Além disso, será desenvolvida uma capacitação para as parteiras indígenas tradicionais que realizam os partos nas aldeias e estão envolvidas durante o parto e o nascimento.

A ideia é somar às atividades da medicina tradicional indígena alguns cuidados da medicina ocidental. Para isso, será distribuído kit parteira que é composto por 32 itens (tesoura, luva, equipamento para sugar excesso de muco nasal e reanimar quando nascem sem respirar, entre outros).

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