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Mesa heterogênia marca a abertura do Encontro Nacional de Povos e Organizações Indígenas do Brasil

Site da Funai
Autor: (Marina Simon)
28 de Abr de 2003

Durante a abertura do Encontro Nacional de Povos e Organizações Indígenas do Brasil, na Câmara dos Deputados, no último dia 25, a diversidade da mesa foi notável. Entre lideranças e delegações indígenas de todo o Brasil estavam também representantes de órgãos do governo e de associações e institutos ligados a causa indígena e um deputado federal.

O representante do Ministério da Justiça, Cláudio Luiz Beirão, em seu pronunciamento, ressaltou a importância do Encontro para que se possa transmitir com eficiência ao governo as maiores reivindicações dos povos indígenas. A representante da 6ª Câmara, Ela Wiecko, falou da urgência de se colocar a Funai em um patamar no qual a Fundação consiga atender melhor às demandas indígenas. Wiecko, se dirigindo aos índios presentes, frisou a importância da pauta das reivindicações ser feita pelos próprios índios e não ser delegada à Funai ou ao Ministério Público.

Em um dos pronunciamentos mais curtos, contudo o mais aplaudido, o cacique Raoni, líder indígena Txukahamãe, denunciou emocionado as agressões sofridas ultimamente pelos índios e exigiu que os não índios respeitem de fato os povos indígenas. O representante do Cimi, Egon Heck, ressaltou que este é o momento dos indígenas unirem suas forças e de, sobretudo, não perderem a esperança. O vereador de Campinápolis (MT), Jeremias Xavante, do PL, declarou, assim como alguns outros, sua decepção com o atual governo federal em relação à ausência de medidas concretas que beneficiassem os índios.

Antonio Apurinã, diretor de Assistência da Funai, chamou a tenção para o esquecimento que a causa indígena está sofrendo e denunciou o fato de que muitos assassinos de índios ainda permanecem impunes.

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