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Memorial de volta às atividades

Jornal da Comunidade - http://comunidade.maiscomunidade.com/
Autor: Walberto Maciel
05 de Fev de 2011

Depois de passar um longo tempo fechado, praticamente abandonado e com todo o seu acervo largado em gavetas ou espalhados pelo chão de uma sala cheia de mofo, o Memorial dos Povos Indígenas será reaberto no próximo dia 9.

A volta às atividades de um dos mais importantes museus indígenas do Brasil se deve ao empenho do seu último gestor, o cacique Tukano (Álvaro Tucano). Mesmo tendo sido exonerado na mudança de governo, o cacique não se preocupou com o cargo que perdeu, arregaçou as mangas e tocou uma reforma nas estruturas do prédio, resultante de uma parceria com o projeto Séculos Indígenas no Brasil, que inaugura uma grande exposição no próximo dia 18. Com recursos do Séculos Indígenas, foram investidos mais de R$ 400 mil em benfeitorias.

"Fizemos um levantamento da situação do prédio e verificamos que era necessário, entre outras coisas, intervenções na película solar da parede de vidro que circunda o prédio, substituição de vidros que estavam quebrados, pintura interna e externa das esquadrias e substituição da rede elétrica", lembra Álvaro.

A recuperação do edifício também contemplou a catalogação e recuperação de um acervo avaliado em R$ 840 mil. "Esse acervo volta agora aos salões do Museu para que a população possa tomar contato com nossa cultura", diz Álvaro Tucano.

Com a casa arrumada, o cacique dos Tukanos, que recebe seus visitantes de Cocá na cabeça e borduna na mão, destaca a importância do local que ele chama de parlamento dos povos indígenas com a sociedade do homem branco. Na concepção dele, o Memorial dos Povos Indígenas tem que voltar a ser uma referência nacional para os povos indígenas, cuidando de todos os problemas dos índios. "O índio não tem que ocupar apenas funções inferiores na sociedade. Temos que mudar essa concepção dando condições ao índio de estudar e preparar-se para o mercado de trabalho."

Exposição
A exposição III Séculos Indígenas no Brasil, que começa no dia 18, vai receber representantes de 15 etnias indígenas do Brasil. Haverá uma grande quantidade de objetos fabricados pelos índios para a sua sobrevivência, cultura, arte e guerra. As tribos convidadas farão apresentações de música, dança, jogos e atividades que normalmente só ocorrem dentro das aldeias.

Já estão agendadas visitas de cerca de 50 mil alunos do DF. "Trazendo os estudantes para dentro do Memorial, com instrutores capacitados, vamos mostrar a vida e as necessidades do índio como ser humano".

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