ICV-Instituto Centro Vida-Cuiabá-MT
27 de Mar de 2003
Até o fim do mês de maio o Estado de Mato Grosso já estará interligado ao projeto Sipam [Sistema de Proteção a Amazônia] do qual faz parte o Sistema de Vigilância da Amazônia [Sivam]. Os equipamentos bancados pelo Governo Federal, incluindo computadores e softwares, já chegaram e, assim que estiverem montados, irão possibilitar ao Estado a criação do Centro Estadual de Usuários [CEU/MT] que estará funcionando em uma sala na Fundação Estadual de Meio Ambiente [Fema].
O presidente da Fundação Aplicações de Tecnologia Críticas - Atech, Sérgio Balbuena, reuniu-se na manhã desta quarta-feira [26] com o governador Blairo Maggi e o secretário de Meio Ambiente, Moacir Pires, para explicar como funcionará o banco de dados. A Atech presta serviços ao Governo Federal na montagem dos bancos de dados e dos softwares - nos estados da Amazônia Legal - e atua como uma integradora do sistema. Também participaram da reunião o gerente de projetos da Atech, Enio Pagani e o diretor de Recursos da Fauna e Flora da Fema, Rodrigo Justos de Brito.
O banco de dados tem função dupla: tanto recebe informações do Sivam, como repassa os dados coletados no Estado. Através do Sivam são fornecidos dados nas áreas de meteorologia, tráfego aéreo, meio ambiente, segurança e uma infinidade de outras informações. Por meio de imagens do satélite, poderão ser detectados, por exemplo, garimpos ilegais em áreas indígenas, desmatamento e estradas clandestinas - e serão produzidas informações vitais para a segurança no combate ao narcotráfico e ao contrabando na região de fronteira.
O projeto Sipam/Sivam começou a ser montado pelo Governo Federal em 1991 e entrou em operação em julho do ano passado. O objetivo é o controle estratégico da Amazônia, cuja área dentro do Brasil soma 60%. O sistema de vigilância que vigia o espaço aéreo é atribuição da Aeronáutica.
Segundo o presidente da Atech, Mato Grosso tem um potencial mais rico do que a França e, com a utilização de informações obtidas através de satélite, poderá dar um salto tecnológico. ''Através de imagens e dados do satélite é possível gerenciar as informações que serão armazenadas no banco de dados'', explicou Balbuena.
''Hoje já temos imagens do satélite, só que anual. Com a interligação, teremos instantaneamente as imagens que poderão nos auxiliar, por exemplo, na localização de focos de queimadas'', explicou o diretor da Fema, Rodrigo Justos de Brito. Para o secretário de Meio Ambiente, Moacir Pires, a reunião foi muito positiva. ''Foi o primeiro encontro com o novo governo. O governador Blairo Maggi determinou que nos aprofundemos no assunto, que é de interesse estratégico para o Mato Grosso'', disse o secretário.
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