VOLTAR

Marina defende cuidados na exploração do pré-sal

O Globo, O País, p. 13
16 de Jul de 2010

Marina defende cuidados na exploração do pré-sal
Em sabatina, verde diz que Serra e Dilma 'são iguais'

Sérgio Roxo

A candidata do PV à Presidência, Marina Silva, defendeu ontem que o Brasil tenha cuidados redobrados na exploração do petróleo da camada pré-sal. A presidenciável afirmou ainda que as normas adotadas pelos países europeus depois do acidente no Golfe do México são pertinentes.

- Os cuidados que estão sendo tomados pela Europa, principalmente pela Noruega, devem ensinar e estar presentes também no Brasil para a exploração do pré-sal - disse Marina, em entrevista, depois de participar de sabatina promovida pela Record News e pelo portal R7.

Para a presidenciável verde, o desastre ambiental do Golfo do México, em 20 de abril, mostra a necessidade do aprimoramento da tecnologia.

- Os acontecimentos do Golfo do México são um ensinamento para todos nós. Tivemos mais um fracasso na tentativa de conter o vazamento. Significa que mesmo os americanos, que estão no topo da tecnologia, não conseguiram uma resposta para a exploração de petróleo em águas profundas.

Mas Marina, que é ex-ministra do Meio Ambiente, defendeu que a exploração de petróleo da camada pré-sal deve ser levada adiante.

"Não estou poupando Lula", diz ex-ministra Sobre os principais adversários, afirmou que não tem afinidade com nenhum porque "eles são iguais" na questão tida por Marina como a mais importante, a sustentabilidade.

A candidata verde também negou que poupe o presidente na campanha.

- Não estou poupando o Lula. Não sou complacente com os erros. O governo não foi capaz de entender que é possível unir desenvolvimento e meio ambiente.

Na entrevista depois da sabatina, Marina voltou a criticar o fato de Lula usar eventos públicos para exaltar a sua candidata, a petista Dilma Rousseff.

- Não podemos relativizar os diretos conquistados. O presidente, como cidadão, tem que se manifestar compreendendo que ele é presidente da República e que muitas vezes o que ele diz, a depender do lugar, a depender do contexto, pode caracterizar direcionamento político.

A figura do presidente tem que se resguardar desse tipo de encaminhamento, que muitas vezes criam esses estranhamentos como a multa que levou, que não é bom para a democracia.

Durante a sabatina, Marina afirmou que se sente vítima de preconceito por ser evangélica da Assembleia de Deus: - Fico triste quando vejo algumas pessoas acharem que, pelo simples fato de professar a fé evangélica, eu já seria a priori, de forma preconceituosa, uma pessoa limitada, reacionária, conservadora, preconceituosa.

A candidata defendeu que a fé religiosa dos candidatos não seja colocada em primeiro plano e ressaltou que o presidente a ser eleito deve "saber que o Estado é laico".

- A vida toda combati o preconceito contra as pessoas que não são crentes. Por exemplo, eu não gostei quando eu vi o presidente Fernando Henrique sendo exposto com relação a ter que dizer se tinha ou não fé.

Uma coisa desnecessária. Não gostei quando o presidente Lula foi acusado de que acabaria com as bíblias se fosse eleito porque isso não era verdade.

Marina também disse na sabatina que nunca fumou maconha ou tomou o chá do Santo Daime. Sobre bebidas alcoólicas, afirmou - Só bebi biotônico Fontoura (um fortificante dado para crianças).

O Globo, 16/07/2010, O País, p. 13

As notícias aqui publicadas são pesquisadas diariamente em diferentes fontes e transcritas tal qual apresentadas em seu canal de origem. O Instituto Socioambiental não se responsabiliza pelas opiniões ou erros publicados nestes textos. Caso você encontre alguma inconsistência nas notícias, por favor, entre em contato diretamente com a fonte.