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Mapeamento muda medidas da floresta

JB, Cidade, p.A18
01 de Abr de 2004

Mapeamento muda medidas da floresta
Parque da Tijuca pode ganhar mais 5km de Mata Atlântica

A Prefeitura do Rio vai lançar hoje, às 11h30, o novo mapa da Floresta da Tijuca, no centro de visitantes do Parque Nacional da Tijuca. Em convênio com o Ibama - que administra o parque com a prefeitura - técnicos do Instituto Pereira Passos (IPP) realizaram um estudo cartográfico ao longo de dois anos. Por meio do trabalho de campo e de fotos aéreas, eles descobriram que a área da floresta é 1,3 km² maior do que se pensava, e tem 14,5 km² no total.
- O mapa servirá como guia para visitantes, excursionistas, turistas e até mesmo técnicos e pesquisadores - explicou o secretário municipal de Urbanismo, Alfredo Sirkis.
Durante a cerimônia de lançamento, que terá a presença do secretário municipal de Meio Ambiente, Ayrton Xerez, Sirkis vai propor a anexação de mais 5 km ² de Mata Atlântica ao parque. Isso porque durante o levantamento, o IPP encontrou áreas verdes em bom estado de conservação na Serra dos Pretos Forros e Floresta da Covanca, locais próximos à estrada Grajaú-Jacarepaguá. Se a expansão for aceita pelo Ibama, o parque ganhará seu quarto setor, além da Floresta da Tijuca, da Serra da Carioca/Corcovado e da Pedra Bonita/Pedra da Gávea.
Durante o trabalho de campo, dois arquitetos do IPP abriram trilhas e exploraram todos os limites da floresta. Através da comparação com o último levantamento, que foi feito na Eco-92, os pesquisadores perceberam que o Rio Cova da Onça estava posicionado no local errado. Com a nova localização, a floresta teve seu limite ampliado em 1,3 km².
No mapa - que será distribuído por órgãos públicos e custará R$ 10 - estão listados 102 pontos entre grutas, picos e trilhas. O documento apresenta também novas nomenclaturas de acidentes geográficos, que foram descobertas através de um estudo histórico e de moradores da região. Cerca de dez trilhas consideradas perigosas, entretanto, não foram incluídas no mapa.
- Preferimos deixá-las de fora para evitar transtornos. algumas são muito íngremes e outras não têm segurança. Só os pesquisadores terão acesso à localização desses trechos - justificou Marco Antônio Zambelli, gerente de cartografia do IPP.

JB, 01/04/2004, p. A18

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