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Mapa digital detalha dados sobre o Brasil

CB, Brasil, p.16
04 de Dez de 2003

Mapa digital detalha dados sobre o Brasil
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou ontem o primeiro mapa digital integrado do país, com uma escala de 1 para 1 milhão, padrão recomendado pela ONU para padronizar informações de vários países do mundo. Iniciativa proposta durante a Cúpula da Terra (ECO 92), realizada no Rio, o mapa permite diversos cruzamentos de dados sobre solos, relevo, hidrografia, malha viária, recursos minerais, entre outros.
  É possível agrupar as informações por região, cidade e estado. Pode-se ainda fazer cruzamentos, como, por exemplo, solos de acordo com o relevo, malha viária segundo a hidrografia ou recursos minerais em terras indígenas. Para ilustrar, o IBGE levantou informações e recortou dados sobre terras indígenas e áreas de proteção (reservas, monumentos e áreas militares) por unidades da federação. Em todo o país, existem 533 áreas de preservação e 382 reservas indígenas.
  O Distrito Federal tem 22% de área considerada como local de proteção. No total, o território brasileiro (8.514.876 km2) abriga 11,4% de reservas indígenas e 1,6% de parques estaduais ou nacionais. Já as áreas especiais (monumentos, florestas e proteção ambiental) correspondem a 3,5% do território. Existem ainda locais de reservas biológicas e ecológicas, que representam 1,7% do total. Tanto no caso de reservas de índios como no de locais de proteção, Roraima é o estado com os maiores percentuais: 72% e 23%, respectivamente, de sua área total.
  No Amazonas, 30% da área está em demarcações indígenas. No Amapá, 29%. Em Rondônia, 26%. O percentual também é alto no Pará e no Mato Grosso (ambos 24%). Na ponta oposta, está Piauí (zero), Sergipe, Paraíba e Ceará, onde menos de 1% da área é demarcada. Em São Paulo, o percentual é de 1%. Já em relação aos locais de proteção, o Ceará aparece em terceiro lugar (17%), seguido por Amazonas e Piauí (ambos 7%). São Paulo tem 1%. O Rio Grande do Norte é o único estado que não tem nem área de preservação nem locais de demarcação indígena.
  Segundo o IBGE, a padronização recomendada pela ONU permitirá estudar em conjunto fenômenos ambientais e climáticos que afetam vários países, como aumento do nível do mar, desertificação, aquecimento global e desmatamento. Os mapas poderão ser acessados por escolas, bibliotecas e órgãos públicos. Para fazer recortes específicos, porém, é preciso de um software especial.
  No projeto do mapa, o IBGE tem várias instituições como parceiras: Funai, Agência Nacional do Petróleo (ANP), Agência Nacional de Águas (ANA), Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Incra, Embrapa, Ibama, entre outros. Cada um fará estudos em sua área a partir da base de dados do mapa.   
FIQUE POR DENTRO Mais informações sobre o mapa em www.ibge.gov.br ou www.iscgm.org

CB, 04/12/2003, p. 16

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