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Maggi vai à aldeia de Xavantes negociar conflito entre índios e posseiros

24 Horas News-Cuiabá-MT
22 de Jan de 2004

O governador Blairo Maggi embarca nesta sexta-feira, às 6h30, para Água Boa (730 quilômetros a Nordeste de Cuiabá) para mediar acordo com índios xavantes e posseiros, garantindo-lhes melhores condições de sobrevivência aos indígenas. A chegada da comitiva está prevista para as 8h, onde se reunirá com os índios na Aldeia Água Branca, conforme prometeu aos representantes da nação xavante em reunião ocorrida dia 13 deste mês, no Palácio Paiaguás.

Às 10h, Maggi assina protocolo de intenções com índios xavantes, produtores e as prefeituras de Água Boa, Canarana, Ribeirão Cascalheira e Nova Nazaré, além de associações de produtores rurais, para garantir melhor qualidade de vida aos índios com a implantação de projetos nas áreas de agricultura, pecuária e piscicultura. Em seguida, a comitiva do governador se desloca, via terrestre, para Canarana (822 quilômetros a Nordeste de Cuiabá).

Desde novembro do ano passado o Governo do Estado acompanha com atenção a situação dos índios xavantes e posseiros na terra indígena Maraiwatsede - antiga fazenda Suiá-Missu, região de Alto Boa Vista (1.058 quilômetros a Nordeste de Cuiabá). A reserva tem 170 mil hectares, uma área equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo.

A disputa pela posse da área dura 40 anos. O imbróglio jurídico sobre a posse depende, agora, do julgamento do mérito, pois em dezembro a Justiça Federal autorizou os posseiros a ocupar a área. No entanto, os índios só tomaram conhecimento da decisão dia 13 deste mês, afirmou o pajé xamã José Luiz Seretê.

Em dezembro, o vice-presidente da República, José Alencar, esteve em Cuiabá para negociar uma saída pacífica para o conflito que teve início em 15 de novembro quando cerca de 200 índios e 600 posseiros acamparam as margens da BR-158, em Alto Boa Vista.

A proposta do Governo do Estado é buscar soluções para os problemas das áreas indígenas a partir do diálogo com as etnias. Mais: propor assessorar as diferentes sociedades indígenas na estruturação e elaboração de programas de Governo por etnia respeitando as diferenças culturais.

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