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Madeira - Operação de fiscalização se concentra em 3 cidades do MT

Diário de Cuiabá-Cuiabá-MT
Autor: Aline Cubas
29 de Ago de 2002

O Ministério Público Estadual (MPE) desencadeia nos próximos dias uma operação de fiscalização de retirada ilegal de madeira nos municípios de Colniza, Aripuanã e Rondolândia, na divisa com Rondônia.

A operação é uma extensão dos trabalhos iniciados há cerca de dois meses em Juína tendo em sua coordenação, além do MPE o Ministério Público Federal. A exemplo da operação Gnomo, como a ação em Juína foi denominada, a ação a ser iniciada no início de setembro contará com a participação da Polícia Federal e fiscais do Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

Antes mesmo da operação ser estendida, as pressões dos madeireiros estão aumentando, segundo afirmou o promotor da vara de Meio Ambiente, Domingos Sávio de Barros Arruda.

O promotor, que retornou ontem de Colniza, revelou que circula no município boatos que um grupo de madeireiros estaria levantando uma "caixa com dinheiro para ser investido na campanha de candidatos que se disponham a defendê-los".

As pressões estariam ocorrendo também junto ao Ibama de Brasília, onde articulam a retirada do gerente regional do Ibama em Juína, Ramiro Juliano da Silva. "Mas com ou sem pressão, continuaremos as operações na região a fim de regularizar a questão da retirada de madeira", assinalou o promotor.

Em Juína, a operação Gnomo já prendeu pelo menos três madeireiros que retiravam madeira de área indígena, autuou dezenas de outros, além de apreender milhares de metros cúbicos de toras derrubadas ilegalmente.

A ação está atingindo também funcionários públicos que participariam dos esquemas, facilitando a extração e transporte do produto.

Mesmo tendo o setor madeireiro como responsável por mais de 50% da economia municipal, somente após o início da operação foram protocolados na unidade do Ibama em Juína os primeiros 10 planos de manejo florestal.

De acordo com o Ministério Público, parte da madeira apreendida deverá ser vendida em leilão, alternativa já colocada em prática em casos semelhantes. A idéia é que os leilões ocorram o mais rápido possível para preservar o valor da madeira. O restante será ser doado para projetos sociais dos municípios mato-grossenses.

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