Diário da Amazônia-Porto Velho-RO
22 de Jan de 2004
Empresas comerciais, entidades e a Associação dos Amigos da EFMM se unem para restaurar a lendária Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM), patrimônio histórico do Estado. Eles querem o reconhecimento do Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Em virtude disto a locomotiva, quatro vagões e os trilhos da Estrada de Ferro Madeira Mamoré (EFMM) até o 25 km estão sendo recuperados para garantir o tombamento nacional.
O trabalho de manutenção começou na segunda quinzena do último mês de dezembro. "Esse local pertence não só a população de Rondônia, mas do mundo, por isso queremos que o local seja reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade", disse o presidente da Associação dos Amigos da EFMM, Bob Otino. Ele contou que até o momento cerca de 15 homens disponibilizados pelo 5o Batalhão de Engenharia e Construção (BEC) estão trabalhando no Km 5 desobstruindo os trilhos até o Teotônio. "Eles devem permanecer no local ainda por mais quatro meses. Após alcançarmos nosso objetivo ninguém mais poderá intencionar em construir alguma obra no local".
Bob Otino explicou que a EFMM já está tombada em nível estadual. "Mas mesmo assim ainda há muita gente executando projetos que acabarão com a história do nosso Estado". O presidente da Associação revelou que em breve o trem estará fazendo uma pequeno passeio com os parceiros, representantes de órgãos competentes e políticos, a idéia é que eles percebam que a história ainda está viva. "Não queremos o tombamento apenas do pátio do trem, mas sim de toda a obra que foi construída com tanta dificuldade no início do século 20".
Para o membro da Associação dos Amigos, Luís Leite, a EFMM precisa ter um reconhecimento Nacional. "Quando restaurarmos o local estaremos além de preservando o marco inicial de Rondônia com suas características originais, estaremos futuramente criando um ponto turístico que atrairá inúmeros turistas, aumentando desta maneira a renda interna do Estado", disse.
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